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Ações de gestão da rede de esgoto são apresentadas em Londrina
26/06/2012
A Sanepar apresentou nessa segunda-feira (25) as características da gestão da rede coletora de esgoto em Londrina para os membros do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Consemma) local. Durante a reunião da entidade, foram detalhadas as principais causas de extravasamentos da rede, que é vistoriada diariamente em 100 pontos estratégicos da cidade. O lançamento de lixo corresponde a 60% das causas de obstrução da rede e mostra que população ainda não está consciente quanto ao destino correto para os resíduos sólidos.
mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:Verdana">O gerente geral da Região Nordeste, Carlos Roberto Pinto, avalia que a participação da Sanepar na reunião do Consemma foi bastante proveitosa. “Saímos da reunião com as portas abertas para fortalecer a parceria tanto com o conselho quanto com o município. Vamos melhorar a troca de informações técnicas e intensificar ações conjuntas”, destaca.
A apresentação realizada pela gerente regional de Londrina-Cambé, Mara Lúcia Pereira Kalinowski e pelos engenheiros Sérgio Sambatti e Luiz Henrique Fujisao, este coordenador de Manutenção de Redes, deixou claro que o monitoramento da rede da Sanepar é constante. Entre os pontos, vistoriados todos os dias, estão fundos de vale, córregos e lagos de Londrina. Mensalmente são lavados 62 mil metros de rede e desobstruídos 714 pontos de rede e ramais. A cada dois dias é identificada uma ocorrência.
As causas dos extravasamentos de redes, mesmo com o trabalho intenso e preventivo, estão concentradas no lançamento indevido de pequenos objetos, como papéis, panos e plásticos. A deposição deste material, que deveria ir para o aterro ou ser reciclado, corresponde a 60% das causas de obstrução da rede e extravasamentos. Outros 20% são acúmulo de gordura. “É preciso um trabalho integrado de vários órgãos. Ainda temos que avançar muito na educação da população sobre o uso da rede de esgoto e sobre o destino correto para os resíduos sólidos. A caixa de gordura, quanto existente, não recebe manutenção”, alerta Mara Lúcia.
font-family:Verdana">Ligações irregulares –
font-family:Verdana">Outras causas de danos à rede coletora de esgoto são ligações irregulares da água de chuva, que causam 15% das ocorrências. Há também o arraste de areia e terra, raízes das árvores e atos de vandalismo. “É comum encontrarmos pedras enormes na nossa rede, lançadas nos nossos postos de visita por vândalos. Mesmo com a remoção durante as manutenções, chegam às estações de tratamento aproximadamente 1.500 metros cúbicos de resíduos por mês”, indica. “A falta de um cadastro confiável das galerias pluviais também prejudica a gestão da rede de esgoto”, destaca a gerente.
A Sanepar vistoria anualmente, em média, 30 mil imóveis de Londrina dentro do programa de despoluição ambiental. “Por ocasião da visita, é feita orientação técnica sobre a forma correta de se interligar na rede coletora, o que é o esgoto e a importância da caixa de gordura, bem como, de se separar a água de chuva, entre outros pontos de esclarecimento”, ressalta Mara Lúcia. A partir deste trabalho, a Sanepar repassou, recentemente, para a Sema Municipal 1.700 endereços de imóveis que não tem caixa de gordura. O compromisso da secretaria é notificar os proprietários dos imóveis.
font-family:Verdana">No início deste ano, a Sanepar passou a realizar ação integrada com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Sema Municipal de Londrina. O trabalho consiste na cessão de técnicos, veículos e equipamentos para ações preventivas e corretivas com foco em vazamentos e despejos irregulares.“Temos que intensificar as vistorias em estabelecimentos como postos de combustíveis, lava-rápidos, oficinas mecânicas e lavanderias, por exemplo, que acabam lançando esgoto sem a anuência da Sanepar ou mesmo fora do que foi determinado no documento”, comenta. “Caminhões auto-fossas também são um problema. Quem vir qualquer despejo de caminhão na nossa rede deve ligar para a Sanepar no 115, pois o despejo de esgoto só deve acontecer nas nossas estações, após cadastro e identificação das características do resíduo. Não é fácil fiscalizar ações irregulares deste tipo”,afirma.
font-family:Verdana">Investimentos
font-family:Verdana">– A Sanepar está investindo em Londrina mais de R$ 57 milhões em obras para ampliação do sistema de esgotamento sanitário. São obras importantes, realizadas desde 2010, como a Estação de Tratamento de Esgoto Esperança, na região Sul da cidade, que deve entrar em operação neste mês.
Apenas em Londrina, a Sanepar opera cerca de 1,5 milhão de rede de esgoto. O serviço de coleta de esgoto em Londrina chega a 86% da população urbana, ou seja, aproximadamente 440 mil habitantes, e 100% de tudo o que é coletado é tratado. Tal situação coloca a cidade entre as 10 melhores em qualidade de saneamento no Brasil, onde a média nacional é de 54% de coleta de esgoto e apenas 37,9% de tratamento.