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Gláucia, moradora do bairro Cará-Cará em Ponta Grossa, recebeu informações para interligar o imóvel da forma correta
Contato com a comunidade previne mau uso da rede coletora
17/10/2013
Só neste ano, mais de 39 mil pessoas receberam informações para a correta ligação ao sistema de esgoto
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) já realizou, em 2013, 30 reuniões comunitárias para 1.649 participantes em todas as regiões do Estado onde estão acontecendo obras de água e esgoto. Equipes contratadas pela companhia paranaense também visitaram 12.213 casas para levar informações sobre a importância e os benefícios relacionados às obras de implantação ou ampliação do sistema de esgoto. Só com as visitas, a expectativa é que cerca de 39 mil pessoas tenham recebido as informações indispensáveis para a correta ligação ao sistema de esgoto. Todo este trabalho de educação ambiental faz parte do programa Se Ligue na Rede.
Gláucia Mathias de Oliveira, moradora do bairro Cará-Cará em Ponta Grossa, onde a rede coletora de esgoto foi recentemente instalada, resume a importância do trabalho realizado pela Sanepar. “Vir até o bairro, explicar de forma clara como as instalações devem ser feitas, o que está correto ou precisa ser adequado é muito importante, muito bom”, afirma.
As reuniões comunitárias são o primeiro passo do trabalho de educação socioambiental realizado pela companhia paranaense quando uma obra de esgoto está sendo realizada. Elas servem para abrir o diálogo com a comunidade sobre o empreendimento. A população recebe informações sobre os benefícios das obras, valor investido, custo para o morador e a forma certa de interligar o imóvel à rede.
Em Guarapuava, as reuniões socioambientais, como são chamadas formalmente, estão envolvendo os moradores dos bairros João Paulo II, Adão Kaminski, Conradinho, Bom Sucesso, Parque das Árvores e Mattos Leão, que serão atendidos com 45 quilômetros de rede coletora de esgoto. “A gente vem para a reunião com dúvidas porque ouve falar muita coisa por aí. Pessoas comentaram comigo que, depois de ligarem suas casas à rede de esgoto, a conta de água aumentou mais que o dobro. Na reunião, entendi que isso não é verdade. Foi muito proveitoso e é bom até para levarmos informação para os vizinhos, para quem não pode vir”, relata a dona de casa Elaine Cravelin.
O marido de Elaine, Leandro Rossinolli, também tinha dúvidas sobre a ligação na rede de esgoto. “Nossa casa fica um pouco abaixo do nível da rua e, mesmo tendo a rede passando em frente a minha casa, pensei que ela não poderia ser ligada. Um técnico da Sanepar veio até aqui e me explicou que vai ser possível ligar a residência à rede. Vamos poder desativar a fossa”, conta.
DE PORTA EM PORTA – Além das reuniões, a Sanepar realiza visitas a cada nova família que será atendida pela rede de esgoto. As visitas de sensibilização reforçam o que já foi debatido durante as reuniões. “Todo esse trabalho com os moradores é desenvolvido partindo do princípio da sustentabilidade. Com o imóvel ligado corretamente, toda família terá uma melhora na qualidade de vida. Informamos aos moradores que eles devem eliminar a fossa, despoluindo o terreno, e que o esgoto terá o destino adequado. Tudo isso reflete diretamente na sociedade e no meio ambiente”, explica o coordenador estadual do programa Se Ligue na Rede da Sanepar, Adauto Correia.
A assistente social Angela Pagani atua na Região Metropolitana de Londrina, onde organizou, em 2013, seis reuniões. Ela explica que os convites para os encontros são entregues para todos os moradores dos imóveis que serão beneficiados pela obra. “A participação nas reuniões é variável. Normalmente, nos bairros mais carentes a participação é ainda maior”, observa. O que mais surpreende os participantes das reuniões, segundo Angela, é a sugestão das caixas de passagem para evitar as curvas no encanamento, pontos de obstrução e entupimento. Em Londrina, a utilização de caixa de gordura na interligação dos imóveis na rede coletora de esgoto é exigida por lei municipal.
A Sanepar também promove em muitos locais cursos de encanadores, para que sejam capacitados a realizar da melhor forma possível a interligação da tubulação do imóvel à rede coletora. Os moradores recebem uma segunda visita, para aderir ao sistema (com assinatura de um documento) e, 30 dias depois, os imóveis são vistoriados para a verificar se a ligação foi feita corretamente.
Tânia Galvão trabalha, há sete meses, para a empresa que presta serviços socioambientais para a Sanepar em Ponta Grossa. “O trabalho é gratificante, pois possibilita o contato com várias pessoas todos os dias e a oportunidade de ajudá-las a fazer o melhor uso possível da rede de esgoto, que é um bem de todos, além de contribuir com o meio ambiente”, destaca.
Aparecida Geremias Damasceno, dona de casa, que mora há mais de 20 anos na Vila C Nova, de Foz do Iguaçu, se orgulha do trabalho. “Aqui em casa já fiz a ligação e até já fizeram a vistoria. Foi tudo muito bom. Faz uns dois meses que a equipe veio aqui pela primeira vez. Entregaram uns folhetos e explicaram direitinho como a gente devia fazer”, confirma.
MUDANÇA DE VIDA – Em Cascavel, até março de 2014, há previsão de que 56 reuniões socioambientais aconteçam. Os técnicos da Sanepar esperam reunir mais de 5 mil pessoas. O trabalho socioambiental faz parte do empreendimento que irá liberar cerca de 14 mil novas ligações de esgoto na Região Norte da cidade. Serão atendidos os moradores dos bairros Interlagos, Brasília I, São Cristovão, Brasília II, Periolo, Morumbi, Cataratas e Cascavel Velho.
As visitas de sensibilização já estão acontecendo. Também está prevista a realização de três cursos de encanadores. “Estamos trabalhando com pessoas que moram ali há 30, 40 anos. É interessante observar que eles sentem-se privilegiados com a obra, dão valor ao investimento, pois sabem as dificuldades das más condições sanitárias em todo esse tempo. Estamos desenvolvendo com essa comunidade um sentimento de pertencimento social”, conta o Danielison Pinto, responsável da Sanepar pelo trabalho desenvolvido na região.
Galeria
- Gláucia, moradora do bairro Cará-Cará em Ponta Grossa, recebeu informações para interligar o imóvel da forma correta
- Leandro Rossinolli, esclareceu as dúvidas sobre a ligação na rede de esgoto durante reunião socioambiental em Guarapuava
- A assistente social da Sanepar, Angela Pagani, desenvolve o trabalho na região de Londrina
- Contratada há sete meses para desenvolver a sensibilização de casa a casa, Tânia Galvão diz que o trabalho é gratificante
- Aparecida Geremias Damasceno, moradora da Vila C Nova, de Foz do Iguaçu: “Aqui em casa já fiz a ligação e até já fizeram a visto
- Sanepar realiza trabalho de educação ambiental nas comunidades que recebem obras de esgoto
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