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Alunos indígenas na ETA Cafezal, em Londrina

Estudantes indígenas da UEL visitam estações da Sanepar

05/10/2016

Eles conferiram todas as fases do tratamento desde a chegada da água até o laboratório de análises

Estudantes indígenas da Universidade Estadual de Londrina (UEL) visitaram na tarde desta terça-feira (4) estações de tratamento de água e de esgoto da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) em Londrina para ver na prática como funcionam esses processos. A visita foi programada para a disciplina de Ciências da Natureza, que integra o Ciclo Intercultural de Iniciação Acadêmica voltado para indígenas aprovados no vestibular, com duração de um ano. 

Acompanhados pelo professor Tiago Henrique de Carvalho Dias, os indígenas foram recebidos pela gestora sociambiental da Sanepar Andréa Fontes que explicou como funciona o processo de tratamento de água. Na Estação de Tratamento Cafezal, que fica no centro da cidade, eles conferiram todas as fases do tratamento desde a chegada da água até o laboratório de análises. 

Em seguida, foram para a Estação de Tratamento de Esgoto Esperança, na zona sul. “O programa da disciplina prevê aulas contextualizadas de sustentabilidade e cidadania, então considerei importante para o aprendizado eles conhecerem na prática aquilo que estudamos em sala de aula”, explicou o professor.  

Os estudantes avaliaram como bastante positiva a aula prática. “A gente usa a água, mas não conhece o processo de tratamento, não dá o devido valor. Gostei de ver como é, a natureza proporciona a água pra gente mas é um recurso que está acabando e o seu tratamento é trabalhoso”, afirma Alexandro da Silva, da etnia guarani-nhadewa.

 

Da mesma etnia, Angélica Ferreira Camargo afirma que sente diferença na relação de sua comunidade com o meio ambiente se comparado com os não-indígenas. “Na minha aldeia, todos os meses fazemos mutirão de limpeza em toda a comunidade e retiramos todo o lixo”, contou. É a aldeia Ywyporã (Porto Velho), em Abatiá. Também visitaram a Sanepar o kaingang Luiz Fernando Fonseca e Felipe Zamboni, que é filho de indígena com branco.

Galeria

  • Alunos indígenas na ETA Cafezal, em Londrina
  • Eles conheceram na prática o processo de tratamento de água
  • Alunos indígenas na ETA Cafezal, em Londrina
  • Estudantes no laboratório de análise de água