Objetivo foi esclarecer a revisão tarifária e dúvidas referentes a Tarifa Social e abastecimento

O gerente geral da Sanepar na Região Nordeste, Sérgio Bahls, e o gerente regional de Apucarana, Luiz Carlos Jacovassi, reuniram-se na tarde desta segunda-feira (7) com vereadores de Apucarana, para esclarecer dúvidas sobre a revisão tarifária implantada em junho pela Companhia. Os gerentes foram a convite do vereador Lucas Leugi. Também participaram da reunião o presidente da Câmara, Mauro Bertoli, e os vereadores Rodolfo Mota, Edson da Costa Freitas, Gentil Pereira, Marcos da Vila Reis e Antonio Carlos Sidrin.

Leugi afirmou que a Câmara tem recebido reclamação de moradores sobre as mudanças na tarifa da empresa, principalmente com relação a valores e à taxa de consumo mínimo, que passou a 5 m³. O vereador também pediu esclarecimento sobre o programa Tarifa Social, que beneficia famílias de baixa renda.
Segundo Sérgio Bahls, a Sanepar se adequa à Lei de Saneamento (11.445/2007) que determina que todas as companhias de saneamento sigam a regulação do setor. Neste ambiente regulado, está prevista a criação da agência reguladora, que no Paraná é a Agência Reguladora do Paraná (Agepar), para tratar de assuntos como a revisão e o reajuste tarifário. O Paraná é o quarto estado regulado, depois de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal.

A revisão tarifária leva em conta os bens da Companhia, os custos operacionais, a produtividade e os investimentos previstos. “A lei visa que as companhias universalizem o saneamento. Para isso, é preciso garantir investimentos para ampliar o atendimento com água tratada e o serviço de coleta e tratamento de esgoto”, explicou Bahls.

CONSUMO MÍNIMO – Ao reduzir o consumo mínimo de 10 m³ para 5 m³, a Sanepar atende a uma antiga reivindicação da população que reclamava de pagar por água não consumida. Em todo o Estado, 22% da população consomem até 5 m³. Bahls esclareceu também que na próxima revisão, que ocorre a cada quatro anos, haverá outra mudança, com o fim da taxa de consumo mínimo. Será estabelecida a chamada tarifa econômica com preço único – que hoje estaria em torno de R$ 28,00 – além da cobrança do metro cúbico consumido.

TRANSPARÊNCIA – Os vereadores afirmaram que as explicações da Sanepar foram suficientes para entender melhor o processo da revisão tarifária. “Mas nem toda a população tem acesso a essas informações”, disse o vereador Rodolfo Mota. Ele também sugeriu que a Sanepar apresente, na conta de água, as faixas de consumo que passaram a vigorar com a revisão tarifária. Bahls disse que irá levar a proposta à Diretoria Comercial da empresa e explicou que a Companhia tem realizado os encontros Comunidade Sanepar em todo o Estado para que os moradores conheçam melhor os serviços da empresa e possam esclarecer dúvidas sobre a revisão e outros assuntos.

TARIFA SOCIAL – A revisão tarifária não alterou os benefícios da tarifa social, que hoje está em R$ 13,29 por 10 m³ de água tratada. Os critérios para receber o benefício são: residir em imóvel com até 70 m², renda familiar per capita de meio salário mínimo e consumo per capita de 2,5 m³.

ABASTECIMENTO – O vereador Lucas Leugi também pediu informações sobre as obras que estão em andamento e devem reforçar o abastecimento em regiões da cidade que hoje sofrem com desabastecimento em dias mais quentes. No Sistema Raposa, estão sendo executadas um reservatório de 2 milhões de litros e 8,7 km de tubulações de grande porte e rede de distribuição. Ainda serão construídas 4 estações elevatórias de água tratada e interligados 4 poços ao novo reservatório. Com previsão para serem concluídas no início de 2018, essas obras estão recebendo investimentos em torno de R$ 9,4 milhões.