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Nova Estação da Sanepar em Londrina terá controle de odores

06/09/2011

Com a parte referente à construção civil e urbanização praticamente prontos, a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Esperança, na região Sul de Londrina, entra em fase final. Será a sétima e mais moderna Estação de Tratamento de Esgoto do município. Nos próximos dias, serão instalados os equipamentos de grande porte, como peneira rotativa, distribuidor rotativo e centrífuga, que já estão na obra, além do removedor de lodo, sistema de inertização de lodo e painéis elétricos.
Com a conclusão da ETE Esperança, o atendimento com coleta e tratamento de esgoto em Londrina passará de 86% para 92% e em Cambé de 78% para 84%. Nesta primeira etapa, a nova estação deve atender uma população de mais de 15.500 habitantes, entre eles moradores de bairros onde a rede coletora de esgoto foi recentemente implantada, como o Avelino Vieira, jardins Olímpico, Maracanã e Sabará (região Oeste), além dos jardins Josiane, Ana Eliza II e III, Silvino, Ecoville e Novo Bandeirantes (Cambé). Até o final do ano, parte destes bairros terá a rede liberada para interligação dos imóveis. A partir de então, alguns condomínios horizontais da região Sul de Londrina também poderão se interligar na rede da Sanepar e ter seu esgoto tratado na ETE Esperança.
"Estamos trabalhando para elevar a qualidade de vida da população. A fossa séptica ainda é considerada uma boa solução individual porém os serviços de coleta e tratamento de esgoto realizados pela Sanepar são garantia de saúde e de que os lençóis freáticos não estão sendo contaminados. Estamos confiantes de que esta obra trará um grande benefício para Londrina e Cambé", destaca o gerente geral da Sanepar na Região Nordeste, Paulo Kishima.
A partir de 2012, seis mil moradores de bairros de Cambé terão seu esgoto tratado na ETE Esperança; hoje eles são atendidos pela ETE Castelo Branco e pelas elevatórias Caic e Santo Amaro que serão desativadas. De acordo com o gerente Industrial da Regional Londrina, Roberto Arai, a ETE Castelo Branco tem capacidade de tratamento limitada, foi projetada para atender um bairro mas acabou tendo que receber esgoto de outras regiões. "Além disto temos problema de vizinhança em função da ocupação urbana. Com a ETE Esperança ganhamos em tecnologia e com a melhora da qualidade dos ribeirões Cafezal, São Domingos e Esperança a partir da desativação das fossas", explica.

Tecnologia de ponta – Na obra, que tem área total de 100 mil m² - 75 mil m² de cobertura vegetal e 25 mil m² de área construída -, foram gerados mais de mil empregos até o momento. Estão sendo aplicados recursos da ordem de R$ 32 milhões, do BNDES/2007.
Luiz Nacayama, gerente de Projetos e Obras da Sanepar na Região Nordeste, afirma que, num primeiro momento, a ETE Esperança terá dois reatores tipo UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket, ou seja, fluxo ascendente de lodo de esgoto) com sistema de descarte de gás e escuma. Terá também reservatório de equalização, caixas divisoras de fluxo, leitos de secagem, filtro biológico percolador, decantador secundário, elevatória de recirculação, sistema de dissolução de espuma, sistema de desidratação do lodo, sistema de aproveitamento de água de utilidades, entre outros. A capacidade de tratamento é de 160 litros por segundo (l/s) o que permite, num futuro, atender até 60 mil habitantes, com esta estrutura.
Além de um moderno processo de tratamento de efluentes, a obra da ETE Esperança prevê ainda um investimento da ordem de R$ 3 milhões para o projeto que visa a redução de impactos ambientais. Serão viabilizados o controle de odores, reaproveitamento do gás, a desinfecção do efluente e remoção de nutrientes (tratamento terciário).
De acordo com Nacayama, estas tecnologias serão implantadas por meio de metas progressivas conforme a legislação em vigor. "Queremos o melhor para a cidade de Londrina. Ouvimos as reivindicações dos moradores da Chácara São Miguel e conseguimos incrementar ainda mais a tecnologia da Estação visando um bom convívio com a vizinhança", ressalta.

Investimentos somam R$ 35 milhões

Nova estação de tratamento de esgoto terá projeto de redução de impactos ambientais

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