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Técnicos ouvem o movimento da água na rede e também nos cavaletes, à procura de vazamentos

Pesquisa de vazamentos evita perda de 12 milhões de litros de água

26/05/2014

Realizada em 210 quilômetros de rede, desde março, a busca identificou 86 vazamentos

A Sanepar em Foz do Iguaçu está percorrendo as ruas da cidade em busca de vazamentos, ocultos e aparentes, na rede de distribuição de água. Desta vez, a pesquisa foi iniciada em março e já foram encontrados 86 vazamentos. Entre as causas mais freqüentes de vazamento estão as ligações clandestinas de água e o rompimento da tubulação por raízes de árvores, e, ainda, o desgaste das vedações, conexões e de outros materiais. A pesquisa de vazamento é um programa permanente da empresa e é realizada, também em caráter preventivo, em todas as regiões do Estado.

Em Foz, com o conserto, foi evitada, em 30 dias, a perda de 12,25 milhões de litros de água, o suficiente para abastecer com 10 mil litros de água 1.225 famílias de quatro pessoas, durante um mês. Desde o início da pesquisa já foram geofonados mais de 210 quilômetros de tubulação. A cidade de Foz do Iguaçu possui instalados mais de 1.000 quilômetros de rede de abastecimento de água. "Com este trabalho ostensivo, a Sanepar pretende garantir maior oferta de água para a população", explica o gerente regional da empresa em Foz do Iguaçu, Luiz Carlos Medeiros.

Claudete Amaro, moradora do bairro Parque Ouro Verde já sentiu o benefício do resultado da pesquisa de vazamento. "Na minha casa havia dificuldade para encher a caixa-d’água e o chuveiro sempre dava problema. Não tinha pressão. Foram os técnicos que disseram que tinha um vazamento na rua. Agora que consertaram, não tenho mais problema para encher a caixa-d’água", afirmou.

Em Foz do Iguaçu, desta vez, a pesquisa começou a ser executada nas regiões onde foram registradas reclamações de baixa pressão e onde o índice de perdas é maior, mas toda a rede será vistoriada.

COMO É FEITO – O trabalho consiste em “ouvir” o movimento da água dentro da rede à procura de vazamentos ocultos. Quando há vazamento, o aparelho denominado geofone capta o som característico da água passando pela tubulação. Este aparelho é semelhante ao estetoscópio utilizado pelos médicos.

Enquanto um técnico caminha pela rua “ouvindo” a rede de água com o geofone, outros membros da equipe utilizam equipamento mais simples para “ouvir” os cavaletes das residências. Quando é identificado o vazamento, a rua é sinalizada para que outra equipe efetue o conserto.

Por causa do barulho, que interfere na escuta, a pesquisa é realizado em dois períodos. Na região central da cidade é executada à noite, quando o barulho provocado pelas pessoas e pelos veículos é menor. Nos bairros, onde o trânsito na rua é pequeno, o trabalho pode ser feito durante o dia.

OUTRAS CIDADES – A pesquisa permanente de vazamento é uma das ferramentas utilizadas pela Sanepar no combate das perdas, que são inerentes à atividade. Na Região Oeste, o geofone - um dos equipamentos mais eficazes no controle de perdas - é utilizado na manutenção preventiva e controle de perdas em 32 sistemas da regional. Os trabalhos preventivos são realizados a cada quatro meses. Em Cascavel, assim como nas demais cidades, complementa o monitoramento do Centro de Controle Operacional (CCO). Quando o CCO registra aumento no consumo de água em determinada região, o equipamento auxilia na localização do ponto de vazamento. Em Cascavel são utilizados 53 equipamentos no total - 5 geofones eletrônicos, 14 mecânicos, 12 hastes eletrônicas e 22 mecânicas.

Na Regional de Pato Branco, onde sete equipamentos são utilizados na manutenção preventiva e corretiva dos 23 sistemas da região, neste ano a pesquisa de vazamento já foi realizada em 843 mil metros de rede, de um total 1.465.058 metros.

Nos 42 sistemas da Regional de Toledo, o serviço de geofonamento é utilizado de forma preventiva, sistematicamente. Nos oito maiores sistemas da Unidade o serviço preventivo é realizado semestralmente. Nos demais pelo menos uma vez ao ano, abrangendo toda a rede de distribuição de água. Além disso, os equipamentos auxiliam no trabalho corretivo de localização de vazamentos.

Na Unidade Regional de Francisco Beltrão, 17 equipamentos monitoram toda a rede de distribuição de água dos 32 sistemas. Todos os dias as equipes realizam a manutenção preventiva em mais de um sistema, nos cinco pólos regionais da Unidade. Na cidade de Francisco Beltrão o monitoramento é feito em 33 pontos diversos da cidade. Qualquer alteração em um desses pontos de medição recebe atenção imediata das equipes de geofonamento para localizar eventuais vazamentos.

A Unidade Regional de Londrina-Cambé deve pesquisar 3,2 mil quilômetros de rede de distribuição de água nas duas cidades até o final de 2014. Ao todo são 15 equipamentos de geofone e 22 varetas de escuta, eletrônicos e digitais. No mês de abril, foram pesquisados 401 quilômetros de rede e localizados 282 vazamentos, sendo 65 na rede de maior porte e 217 nos ramais que interligam a rede à ligação residencial.

O serviço permanente de geofonamento também é realizado, em outras regionais como Maringá, Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão, Ponta Grossa, Irati, Curitiba e Região Metropolitana.

 

 

 

Galeria

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