O gerente regional da Sanepar, Valteir Galdino da Nobrega, e o engenheiro civil Alinor Rodrigues Júnior, participaram da reunião da Comissão Especial de Estudos sobre a Água da Câmara de Vereadores de Maringá, na tarde desta quarta-feira (25). No plenário Horácio Raccanello Filho, os representantes da Companhia de Saneamento falaram sobre a produção e reservação de água tratada para o abastecimento dos maringaenses.

A Sanepar capta 1.100 litros de água por segundo (l/s) no Rio Pirapó, responsável pelo abastecimento de mais de 430 mil habitantes da cidade, 85% da população. Os outros 15% são abastecidos por cinco poços do Aquífero Serra Geral. “Nossa projeção de abastecimento hoje é tranquila. Isso não significa que estamos de braços cruzados. Estamos estudando outras fontes para garantir o abastecimento futuro da população, inclusive das regiões Norte e Noroeste do Estado”, destacou Nobrega.

O engenheiro Alinor Rodrigues disse que o quadro atual do abastecimento de Maringá é favorável. “Podemos extrair do Pirapó até 1.440 l/s e, devidamente autorizados, poderemos captar até 2.500 l/s. Nosso horizonte para o futuro não é de vulnerabilidade”, disse.

A Comissão Especial tem o objetivo de fiscalizar a gestão dos recursos hídricos da cidade, inclusive em relação à capacidade de armazenamento e tratamento de água e fontes de abastecimento disponíveis na região. Composta pelos vereadores Edson Luiz (presidente), Mário Verri (relator) e Márcia Socreppa (membro), a comissão pretende também analisar medidas legislativas que diminuam os riscos de escassez da água em Maringá e Região.

O vereador Edson Luiz disse que a Câmara está atenta às questões ambientais. “Temos acompanhado os noticiários sobre a crise hídrica no Estado de São Paulo. Não queremos isso para nossa população”. O relator Mário Verri destacou a importância de a comissão promover ações de conscientização com toda população de Maringá.

ALERTA – Nóbrega e Alinor alertaram os gestores públicos da importância de rever a expansão urbana para a região Nordeste da cidade. “Precisamos planejar a ocupação urbana da região para que ela não prejudique o Rio Pirapó, nosso principal manancial de abastecimento”, defendeu Nobrega.