Agentes treinados pela Companhia vão vistoriar mais de 14 mil imóveis. Eles deverão estar identificados

Agentes ambientais, a serviço da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), começam este mês a fazer vistorias em imóveis de 14 cidades das regiões Sudeste e Centro-Sul do Paraná. Nas cidades onde já foram concluídas obras de esgoto, os agentes vão vistoriar se estão corretas as ligações dos imóveis à rede coletora de esgoto. Nos locais onde as obras estão em andamento ou prestes a começar, os agentes vão dar orientações técnicas para que as ligações sejam feitas de acordo com os padrões técnicos da Companhia.

São 26 agentes socioambientais contratados pela empresa Água Viva, ganhadora de licitação da Sanepar, e que foram treinados pelos gestores socioambientais da Companhia Crislaine Mendes, Luciana Garcia e Ricardo Borges e pelo técnico em edificações Emerson Affonso. Os agentes farão abordagens em 14.324 residências dos municípios de Arapoti, Ortigueira, Reserva, Telêmaco Borba, Ventania, Ipiranga, Ponta Grossa, Teixeira Soares, São Mateus do Sul, União da Vitória, Candói, Guarapuava (incluindo o distrito Entre Rios), Palmital e Quedas do Iguaçu.

ETAPAS DAS VISITAS – A sensibilização é o primeiro contato dos agentes com o cliente da Sanepar. Nesse momento, o morador é esclarecido a respeito das obras que ocorreram, estão ocorrendo ou vão ocorrer na sua rua, no seu bairro. “O agente explica como vai funcionar, esclarece que a obra pode causar transtornos, interferir no trânsito de veículos, mas que são obras importantes e que vêm para melhorar a qualidade de vida, o atendimento e a proteção ao meio ambiente”, destaca Borges.

Após a sensibilização, os agentes fazem a vistoria técnica ambiental (VTA), seguida de orientação técnica. Na vistoria, o agente verifica as instalações dentro do imóvel, como a caixa de gordura. Os agentes explicam como deve ser feita a correta instalação e a manutenção da caixa e a correta ligação da residência à rede de esgoto. O cliente recebe, ainda, material educativo sobre o uso da rede coletora. “Rede de esgoto não é lixeira. Os clientes são orientados a não jogar lixo de qualquer tipo na rede e interligar apenas o esgoto doméstico à rede coletora”, ressalta Ricardo Borges.

Por isso, durante a VTA, é feito um teste com corante atóxico para saber se o imóvel está corretamente interligado à rede de esgoto. “Com o teste, é possível detectar irregularidades, como a ligação de calhas e coletores da água da chuva à rede de esgoto. A rede da Sanepar é dimensionada para receber apenas o esgoto doméstico. Se a ligação estiver irregular, o cliente pode sofrer com o refluxo de esgoto no imóvel e extravasamento nas vias públicas. Isso também traz problemas para a Sanepar, pois o sistema de tratamento é muito prejudicado quando são lançados na rede de esgoto lixos e água de chuva”, esclarece o gestor socioambiental da Companhia.

Ele lembra que o Código Sanitário do Estado estabelece que, todas as edificações devem dar o correto destino aos seus resíduos (lixo, esgoto e águas pluviais), fazendo a correta ligação à rede coletora de esgoto, quando ela estiver disponível, ou instalando fossas sépticas adequadas. O mesmo documento diz que é vedada a ligação de águas pluviais ou de drenagem à rede coletora de esgoto e vice-versa (ligação de esgoto doméstico à galeria de drenagem urbana), pois as duas situações são consideradas crimes ambientais.

EQUIPES TREINADAS – Em Guarapuava, vão atuar quatro equipes de agentes. No Distrito de Entre Rios e nas cidades de Candói, Quedas do Iguaçu, Pitanga e Palmital, haverá uma equipe para cada local. Os agentes foram treinados pela Sanepar e estão capacitados e autorizados a executar abordagens domiciliares em nome da empresa. Os agentes ambientais estarão identificados com crachá, boné ou chapéu e jaleco da empresa Água Viva, em veículos também identificados, a serviço da Sanepar.