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Autoridades da Polícia Federal, Governo do Estado e Prefeitura participaram de reunião do Grupo Gestor do Iguaçu
Revitalização do Iguaçu depende das pessoas, diz delegado
01/09/2015
Após visita ao rio em pontos localizados, Grupo Gestor do Rio Iguaçu segue integrando diversas áreas
O delegado da Polícia Federal, Carlos Roberto Bacila, defendeu nesta terça-feira (1), em Curitiba, que a sociedade passe por profunda “conscientização ecológica”, onde toda pessoa perceba que “a origem de cada problema ambiental está na sua casa, na sua rua, no seu ambiente”. Segundo ele, “já não basta a punição aplicada pelos órgãos de fiscalização. Somente punir tem o efeito de enxugar gelo. São necessários atos individuais de construção que produzam um meio ambiente melhor, com benefício direto para a população. Os vizinhos do rio precisam aprender a cuidar dele”, disse.
Bacila participou como convidado da reunião do Grupo Gestor de Revitalização do Rio Iguaçu (GGRI) na qual foram apresentadas confirmações de que a degradação dos primeiros 40 km do Rio Iguaçu se deve à ação humana. O projeto de revitalização do Rio Iguaçu é prioridade do governador Beto Richa.
Instituído pelo Decreto 1589/2015, o Grupo Gestor é responsável pela elaboração e detalhamento das ações, objetivos, metas e prazos a serem desenvolvidas pelo Programa de Revitalização do Rio Iguaçu. “Este é um compromisso do governador Beto Richa, que lidera o processo de revitalização do Iguaçu”, afirma o coordenador e representante da Sanepar, Mario Celso Cunha.
Na semana passada, integrantes do GGRI visitaram cinco pontos do Rio Iguaçu para levantar subsídios ao projeto de governo que integra ações e projetos de instituições públicas para revitalizar o maior rio do Paraná. Entre as principais constatações dos integrantes está a de que esgoto doméstico, esgoto industrial e lixo são lançados livremente pela população no Iguaçu, desde o seu início – no encontro dos rios Iraí e Atuba, junto à ponte da BR-277, na rodovia que liga Curitiba a Paranaguá. Os cinco pontos do Rio Iguaçu visitados pelo grupo, coordenado por Mario Celso Cunha, foram: ponte da BR-277, Estrada do Zoológico e Ponte do Umbará, em Curitiba, ponte na PR-512, em Balsa Nova, e ponte PR-427, em Porto Amazonas.
METODOLOGIAS – Na reunião também foram apresentadas duas metodologias de acompanhamento da situação dos rios. Uma delas é a linha de atuação do Programa de Revitalização de Rios Urbanos (PRRU), implantado pela Sanepar, e que avalia as condições dos rios pela medição do Oxigênio Dissolvido (OD). Pelo acompanhamento do OD é possível monitorar as condições das redes de esgoto. Quanto maior o OD, menor será o cheiro e o aspecto ruim.
“A queda do indicador mostra que algum tipo de poluição está caindo no rio e, assim, é possível agir rapidamente para conter o problema”, explicou Jefferson Skroch, da Sanepar, lembrando que a presença de 5 mg de oxigênio é suficiente para que o rio não ofereça odor e aspecto ruim.
Outra metodologia que pode ser adotada na revitalização do Rio Iguaçu é a aplicada pela Prefeitura de Curitiba e apresentada na reunião pela diretora do Departamento de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Curitiba, Marlise Eggers Jorge. Ela mostrou os resultados obtidos em 120 sub-bacias da capital paranaenses com 2 km² ou mais. O principal critério é monitorar e controlar a qualidade da água dos pequenos afluentes para identificar o lançamento de poluição.
CINCO PARQUES – Da reunião, também participaram o presidente da Comec, Omar Akel, o secretário de Meio Ambiente de Curitiba, Renato Lima. Akel apresentou os projetos dos cinco parques, em várias etapas de implantação: Parque Palmital, Parque Piraquara, Parque Ambiental Itaqui, Parque Natural do Iguaçu e Parque Metropolitano do Iguaçu. Os parques se destinam à contenção de cheias, ao reequilíbrio ambiental e a áreas de lazer. “Além disso, vão permitir repovoar as águas do Alto Iguaçu”, por meio de planos setoriais em saneamento, habitação e reforma urbana, transporte e desenvolvimento econômico. Somente a elaboração dos projetos está exigindo investimentos de R$ 1 milhão.
Os projetos previstos e em andamento em diversos órgãos de governo para o Iguaçu foram identificados e agrupados pelo Institutos Lactec. Sob coordenação de Mario Celso Cunha, da Sanepar, o Grupo Gestor é composto por representantes das secretarias do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), da Agricultura e Abastecimento (Seab), do Planejamento e Coordenação Geral (SEPL), do Desenvolvimento Urbano (Sedu), da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Instituto das Águas do Paraná (AguasParaná), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Casa Civil, Institutos Lactec, Adapar, ParanáCidades e outros.