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Secretaria de Meio Ambiente faz visita técnica à ETE

02/05/2013

Técnicos acompanharam todas as fases do tratamento do esgoto

O secretário de Meio Ambiente de Guarapuava, Celso Araújo, e toda a equipe técnica do órgão participaram na última segunda-feira (29) de uma visita técnica à Estação de Tratamento de Esgoto Vassoural, na Unidade Regional de Guarapuava (URGA). Técnicos, biólogos e engenheiros florestais e ambientais do município puderam conhecer a estrutura responsável pelo processo de tratamento de todo o esgoto coletado em Guarapuava. Atualmente, a Sanepar atende a 67% do município com rede coletora de esgoto. Todo o esgoto coletado também é tratado. Participaram da visita o gerente regional João Edson de Lima, o coordenador Industrial Paulo César Rodrigues dos Santos, o técnico químico Clodoaldo José Marques e a agente técnica operacional Márcia Mendes Costa Guareski.

Na visita, os técnicos acompanharam todas as fases do tratamento do esgoto, desde a sua chegada à ETE até a centrifugação do lodo. Uma das questões levantadas pelos técnicos da Secretaria foi o fato de a Sanepar rejeitar dejetos trazidos por caminhões limpa-fossa. “Deixamos claro que a estrutura da ETE só pode tratar esgoto doméstico. A Sanepar só tem licença ambiental para isso, não para outros resíduos. Portanto, rejeitos que tiverem esgoto industrial ou presença de resíduos não domésticos, como graxas e solventes, não podem ser aceitos para tratamento”, ressaltou Clodoaldo.

Cuidado extremo – No laboratório da ETE Vassoural, a agente Márcia Guareski mostrou como funcionam as análises feitas diariamente. “São feitas análises três vezes por dia, que verificam várias características do esgoto, como alcalinidade, pH, sólidos, temperatura, turbidez, cor, entre outras. Fazemos as análises da ETE Vassoural e de todas as estações de tratamento de esgoto dos municípios atendidos pela regional de Guarapuava”, destacou.

De acordo com Clodoaldo, as análises do esgoto que chega e da qualidade do esgoto tratado são rigorosas. “Todas as análises físico-químicas disponíveis hoje no mercado são feitas na Sanepar. A legislação exige, por exemplo, que a análise de óleos e graxas seja feita no mínimo uma vez ao ano. Nós fazemos uma vez ao mês”, aponta. Todos os rejeitos do laboratório, dos produtos químicos à vidraria, são encaminhados a uma empresa especializada para destinação correta.

O gerente João Edson de Lima destacou a importância de também a população destinar corretamente os resíduos. “Lixo é lixo, não é esgoto. Aqui na estação chegam coisas como escovas de dente, preservativos, pequenos objetos que são jogados no ralo ou no vaso sanitário, e isso não é esgoto. Em dias de chuva chega muita água, principalmente porque há residências onde as calhas e saídas de água pluvial são ligadas à rede de esgoto. Isso é ilegal, esse tipo de ligação é irregular e, assim como o lixo jogado no esgoto, também prejudica seriamente o processo de tratamento. Além disso, esses usos incorretos da rede causam transtorno para o morador, que pode sofrer com entupimentos, refluxo de esgoto dentro de casa e até com multas por parte da vigilância sanitária, caso a ligação irregular seja detectada e não regularizada”.

Moderna – Durante a visita, o coordenador Industrial da URGA, Paulo César dos Santos, lembrou que a ETE Vassoural, inaugurada há pouco mais de dois anos e meio, é uma das mais modernas do Estado. Totalmente informatizada, permite o monitoramento em tempo real de todos os processos e trata, em média, 200 litros de esgoto por segundo, dependendo do horário do dia. Do tratamento, resultam em média 40 toneladas de biossólido (lodo) por mês. Este biossólido, depois de tratado com cal, já está sendo usado gratuitamente por agricultores da região como lodo agrícola.

 

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