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Pesquisador alemão Michael Fobke apresenta na Sanepar o trabalho desenvolvido para a área de esgoto

Parceria da Sanepar com universidade alemã produz pesquisa para a área de esgoto

11/04/2017

Metodologia desenvolvida permite dimensionar estações de tratamento a partir de simulações de custos e eficiência

Um simulador de custos, composto por 45 planilhas, pode ajudar a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) a fazer escolhas mais seguras e eficientes em relação à construção de novas estações de tratamento de esgoto (ETE). A ferramenta foi desenvolvida em 2016 pelo pesquisador e estudante alemão Michael Fobke e faz parte de suas pesquisas no mestrado em Gestão e Engenharia de Recursos Hídricos, na Universidade de Sttutgart.

O estudo, apresentado em Curitiba nesta segunda-feira (10), é resultado de uma parceria iniciada em 2012 entre aquela instituição de ensino na Alemanha e a Sanepar. Fobke utilizou dados das ETEs Belém e CIC Xisto, ambas da Sanepar e em operação em Curitiba, para produzir seu trabalho durante quatro meses do ano de 2016, pesquisando a partir do Centro de Tecnologias Sustentáveis da Sanepar (CETS). Segundo ele, o estudo leva em consideração diversos itens para avaliar, para cada situação específica, se é melhor construir uma ETE com tratamento do tipo aeróbio ou anaeróbio.

A coordenadora do trabalho na Sanepar, doutora Bárbara Zanicotti, explica que o simulador traz uma metodologia para dimensionamento e determinação de custos, aliando qualidade e eficiência do tratamento do efluente e o valor financeiro investido. Entre os itens avaliados estão manutenção, operação, questões ambientais (como geração de odores e disposição do lodo), mão de obra para construção, entre outros.

A grande contribuição do estudo é conseguir avaliar diversas situações que envolvem custos e eficiência de uma futura estação, podendo auxiliar a Sanepar a fazer a escolha mais segura e eficiente por aquele modelo que apresente os melhores resultados para cada contexto. Envolver as questões econômica, ambiental e social é o tripé que buscamos em termos de sustentabilidade”, explica o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Glauco Requião. Ele explica que a atividade de pesquisa na Sanepar é constante e visa sempre às melhorias dos processos dentro da empresa.

A orientadora do estudante no Brasil, doutora Karen Juliana do Amaral, explica que o estudante também desenvolveu manuais para o uso da ferramenta e baseou-se em consagradas literaturas alemã e brasileira e conhecimento de normas dos dois países para criar o cálculo de custos para o tratamento de efluentes. “É um estudo de importância fundamental porque muitas lacunas existem atualmente em relação aos estudos nesse campo, como alguns dados ainda não medidos no Brasil. Uma pesquisa assim também mostra como é uma realidade mais desenvolvida em outro país e incentiva as empresas brasileiras de saneamento a buscarem a melhoria de seus processos”, diz a professora.

Karen terá o papel dar continuidade ao trabalho e levar a ferramenta à frente. “O estudo foi desenvolvido com todo rigor acadêmico e com muito empenho por parte de Fobke, mas ainda teremos que desenvolver diversos aspectos da ferramenta que ainda não estão totalmente concluídos”, conta.

Pela Sanepar, além de Bárbara, auxiliaram na construção do estudo uma equipe de técnicos e pesquisadores, entre eles Gustavo Possetti, Eduardo Sabino Pegorini e Charles Carneiro, com apoio das áreas de esgoto e projetos especiais da Companhia. Pela Universidade de Sttutgart, também trabalharam como orientadores da pesquisa os doutores Uwe Menzel e Daniela Neuffer.

Além da parceria com a Universidade de Sttutgart, a Sanepar mantém cooperação com outras instituições de ensino e pesquisa dentro e fora do Brasil, tendo, atualmente, projetos em andamento com 11 entidades internacionais. A empresa mantém um corpo permanente de pesquisadores, voltados para a pesquisa e a descoberta de soluções sustentáveis para a área de saneamento.

Galeria

  • Pesquisador alemão Michael Fobke apresenta na Sanepar o trabalho desenvolvido para a área de esgoto
  • Parte da equipe de pesquisadores: Gustavo Possetti, Charles Carneiro, Michael Fobke, Karen Juliana do Amaral e Bárbara Zanicotti