Entre as ações previstas estão a instalação de placas indicativas, treinamentos com a Defesa Civil e trabalho de orientação à população

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) deu início às ações do Plano de Segurança da Barragem do Miringuava, em São José dos Pinhais. Como parte dessas ações está a instalação de placas indicativas e orientativas à comunidade que reside no vale abaixo da barragem, nos bairros Colônia Murici, Jardim São Marcos, Jardim Del Rey, no município de São José dos Pinhais, e no bairro Umbará, no município de Curitiba. As placas indicam rotas de fuga e pontos de encontro à população, no caso de eventual situação de risco. “A colocação das placas, feita de forma antecipada, é obrigatória, está prevista no Plano de Ação de Emergência (PAE) e obedece às exigências da legislação em relação à segurança de barragens, conforme a Lei Federal 14.066/2020”, destaca Daysi Mara Jayme Maia, gestora de educação socioambiental da Sanepar.

Esta operação é feita em parceria com a Defesa Civil do município. Também com as equipes da Defesa Civil, a Sanepar deve iniciar, em junho, um trabalho de orientação e treinamento à população que reside no vale abaixo da barragem. “Tudo isso está definido no PAE, apresentado preliminarmente há quase um ano ao Instituto Água e Terra (IAT) e às Defesas Civis do Estado e dos municípios de São José dos Pinhais e Curitiba. A população receberá todas as informações por parte da Sanepar e dos órgãos de Defesa Civil”, ressalta o diretor adjunto de Comunicação e Marketing da Sanepar, Hudson José.

Todos os procedimentos previstos no PAE atendem à Lei Federal 14.066/2020, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens, e às normativas da Agência Nacional de Águas (ANA) e do IAT. “Esses instrumentos todos preveem um controle bastante rigoroso, e a Sanepar possui um sistema rígido, moderno e eficiente no que diz respeito à segurança de suas barragens”, reforça Hudson.

MONITORAMENTO E CONTROLE – A Sanepar possui, atualmente, quatro barragens: Piraquara I, Piraquara II, Iraí e Passaúna, além da barragem do Miringuava, em construção. A Companhia adota medidas de segurança desde a fase de projeto e de obras. “Todos os critérios técnicos estabelecidos nos projetos de engenharia da barragem são obedecidos rigorosamente”, comenta o engenheiro responsável pela obra, Mario Emilio Samways.

Um desses critérios, por exemplo, se refere à umidade dos solos. “Esta barragem é constituída de maciço de terra, sendo que para sua construção são necessários aterros compactados, que exigem baixo teor de umidade do solo na execução. Conforme a intensidade das chuvas registradas em um dia, são necessários de dois a três dias secos subsequentes para que seja possível retomar os serviços de aterros compactados. Tudo é feito para garantir a qualidade executiva das obras e a estabilidade e segurança estrutural da barragem”, enfatiza o engenheiro.

Mario explica também que a Barragem do Miringuava conta com um dispositivo para extravasar a água em períodos de cheias, denominado vertedor tulipa. Ao ser atingido o nível de água máximo do reservatório, a água excedente extravasa pelo vertedor tulipa, seguindo fluxo normal pelo rio Miringuava.

Além disso, para monitorar e cuidar da segurança de suas barragens, a Sanepar tem uma equipe formada por profissionais de engenharia civil, geologia, engenharia ambiental, engenharia cartográfica, engenharia elétrica, engenharia mecatrônica, engenharia mecânica e especialista em segurança de barragens. A cada seis meses, o grupo emite um relatório com todos os detalhes das condições de segurança das barragens, que é enviado para o Instituto das Águas.