Encontro tratou da implantação de novas estruturas nos sistemas de água e de esgoto para o município

Representantes da Sanepar e de três comunidades quilombolas localizadas no município de Palmas estiveram reunidos, na última semana, para falar sobre os projetos de ampliação dos sistemas de água e de esgoto do município. O encontro ocorreu na sede da Associação Comercial de Palmas e também teve a presença de representantes da Prefeitura.

A reunião integra o trabalho socioambiental e de responsabilidade social desenvolvido pela Sanepar. De acordo com os projetos, as novas estações de água e de esgoto programadas para Palmas tem previsão de serem construídas em áreas de abrangência dos quilombos Tobias Ferreira, Castorina Maria da Conceição e Adelaide Maria Trindade Batista. 

“O objetivo da reunião foi levar mais informações sobre os projetos e entender quais são as ansiedades e preocupações dessas comunidades”, destacou o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Júlio Gonchoroski.

O projeto de ampliação e melhoria do sistema de esgotamento sanitário de Palmas prevê a substituição da atual Estação Lajeado, pelo projeto da Estação Caldeiras. A nova estação foi concebida para absorver a demanda operacional e atender aos mais rigorosos padrões de eficiência tecnológica e ambiental, beneficiando toda a população de Palmas.

O modelo projetado é similar ao sistema existente no município de Pinhão, que foi visitado pelas lideranças quilombolas em dezembro do ano passado. A infraestrutura de esgoto concebida no projeto não deve gerar impacto direto às comunidades, tanto pela tecnologia definida para a operação, quanto pela racionalidade no uso do espaço de solo a ser ocupado. “Havendo um acordo entre as partes, o objetivo da Sanepar é iniciar as obras ainda este ano”, disse o diretor.

Já a ampliação do sistema de abastecimento de água está em fase de projeto, com início estimado da obra para 2024. O estudo prevê substituir o manancial atual, o Rio Caldeiras, pelo Rio Bandeira.

RESPONSABILIDADE SOCIAL - Em atenção aos direitos assegurados aos povos quilombolas, a Sanepar, por meio de empresa contratada, está desenvolvendo um Estudo do Componente Quilombola com as três comunidades. O estudo contempla, entre vários aspectos, uma análise dos impactos diretos e indiretos associados à implantação das estações, conforme norma do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e coordenada pela Fundação Cultural Palmares.

“Entendemos que a proposta da Sanepar será positiva para as comunidades dos quilombos e elas trarão também um apoio para toda a sociedade de Palmas. Quando tratamos de saneamento, estamos tratando de saúde preventiva”, conclui Gonchoroski.

Também participaram da reunião o gerente de Educação Socioambiental da Sanepar, Ronald Gervasoni, a gestora do contrato para estudo do Componente Quilombola, Marilucia Cyrino Rodrigues, o gerente regional da Sanepar, Edenilson Albani, e Anderson Weber, da Gerência de Projetos e Obras da Sanepar.