Investimentos não param. A atual etapa de trabalhos deverá estar concluída até 2016

As intervenções nas estações de tratamento de esgoto (ETEs) que atendem Curitiba e municípios da Região Metropolitana, chegam a R$ 175 milhões, entre obras recentemente concluídas, em andamento e previstas. De acordo com o planejamento estratégico da Sanepar, todos os empreendimentos devem estar prontos até setembro de 2016. As obras são para ampliar a capacidade de tratamento e instalar melhorias nos sistemas de controle de odor. Os investimentos nas estações de tratamento de esgoto de Curitiba beneficiam a população da Região Metropolitana.

Embora bem mais caras do que as de água, as obras de esgoto são uma prioridade para a Sanepar. Em 2012, elas representaram mais de 50% do total investido. A Companhia paranaense busca a universalização do serviço nos municípios que atende, ou seja, a meta é ampliar a cobertura do serviço de coleta e tratamento do esgoto. Atualmente, 62,1% dos moradores das 345 cidades atendidas contam com o serviço de qualidade, que atende rigorosos padrões de qualidade.

O que está sendo feito – Para a ETE Belém está projetada a ampliação da capacidade de tratamento dos atuais 1.000 l/s para 2.520 l/s. Este aumento vai criar as condições para melhorar o tratamento e gerar um efluente de melhor qualidade. Efluente é a parte líquida do esgoto tratado, que retorna ao rio. Nas duas etapas de obras nesta estação devem ser aplicados R$ 102 milhões. Na primeira etapa, a ser concluída em março de 2015, está prevista a instalação de mais uma bomba e o decantador. A segunda etapa está destinada às obras de ampliação do sistema. O prazo máximo estimado de conclusão é setembro de 2016.

Nas próximas semanas, a Sanepar deve lançar o edital de licitação para contratar a execução das obras de ampliação de ETE Santa Quitéria, orçada em R$ 5 milhões. O projeto prevê ampliar a capacidade de 420 l/s para 560 l/s. Mais R$ 1,8 milhão deve ser aplicado, até abril de 2015, no sistema de desaguamento do lodo. O lodo é o resíduo sólido gerado durante o tratamento do esgoto. Após passar pelo processo de higienização e secagem, é destinado à agricultura.

Na ETE CIC Xisto, a previsão é concluir até dezembro de 2015 os investimentos estimados em R$ 23,2 milhões. Inicialmente deve ser implantado o sistema para controle dos odores gerados pelos gases que se formam durante o tratamento do esgoto. Para tanto, será implantado o sistema de aeração nas lagoas. Até o final deste ano deve ser concluído o projeto de ampliação desta estação.

Em andamento – Na ETE Atuba Sul estão em construção oito módulos de tratamento. A ampliação está exigindo investimento de R$ R$ 13,5 milhões. Iniciada em março deste ano, a obra deve ser concluída em agosto de 2014, aumentando em 560 l/s a capacidade de tratamento, que hoje é de 1.120 l/s. Para esta estação também estão previstas outras obras e intervenções, como a implantação do sistema de secagem térmica do lodo, substituição do sistema de raspagem do lodo do flotador, ampliação do sistema de pós-tratamento, cobertura dos reatores e outras, orçadas em aproximadamente R$ 25 milhões.

Concluída - Na Padilha Sul, os aeradores das lagoas já foram instalados e estão em operação. A cobertura dos reatores, em fase final de projeto, deve estar pronta em julho do próximo ano. Os aeradores e a cobertura dos reatores são sistemas auxiliares no controle de odor. Os investimentos são necessários para minimizar o desconforto dos vizinhos às ETEs, que muitas vezes ocuparam as áreas próximas depois da instalação das estações de tratamento.

Investimento por ETE

ETE Belém - R$ 102 milhões

ETE Atuba Sul - R$ R$ 38,5 milhões

ETE CIC Xisto - R$ 23,2 milhões

ETE Santa Quitéria - R$ 6,8 milhão

ETE Padilha Sul – R$ 4,4 milhões