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Pedras, pedaços de madeira e lenha impediram a passagem do esgoto

Lixo obstrui rede de esgoto em bairros de Pato Branco

27/09/2013

Equipes de manutenção da Sanepar trabalharam quatro horas para retirar pedras, pedaços de madeira e lenha, que entupiram a rede

As equipes da Sanepar trabalharam cerca de quatro horas nesta quinta-feira (26) para desobstruir uma das principais redes que transportam o esgoto da região dos bairros São Cristóvão, Pinheirinho, Alvorada, São Roque, Morumbi e Jardim Floresta, em Pato Branco, no Sudoeste do Estado. Pedras, pedaços de madeira e lenha impediram o fluxo normal do esgoto, entupiram a rede e ocasionaram o extravasamento do esgoto em um dos poços de visita – ponto de manutenção da rede, que fica a cerca de cinco metros de um afluente do Córrego Fundo.

Os maiores problemas de obstrução de rede são causados pelas pessoas que jogam na tubulação objetos que não deveriam ir para a rede coletora. A tubulação é adequada para receber apenas o esgoto doméstico. “Mas é comum encontrarmos, além do material encontrado nesta quinta, panos, latas, plásticos e outros resíduos que trazem prejuízo ao bom funcionamento do sistema de esgoto”, explica o gerente regional da Sanepar, Aderbal Roncatto.

O trabalho de manutenção preventiva é realizado periodicamente (a cada dois ou três meses e mensalmente, dependendo dos trechos) nos cerca de 3 mil poços de visitas, implantados nos mais 300 quilômetros das redes coletoras e de interceptores de esgoto da cidade. O uso inadequado e o vandalismo podem causar transtornos para a população com o refluxo do esgoto sem tratamento para dentro dos imóveis, o que traz prejuízos para a cidade e para o meio ambiente. Em situações como esta, a Sanepar precisa deslocar as equipes técnicas, interrompendo o trabalho de manutenção e de rotina. “Existem casos em que ocorre o rompimento da tubulação e os reparos chegam a levar dois dias para serem concluídos”, destaca Aderbal.

CASO DE POLÍCIA – As pessoas que, intencionalmente, jogam lixo ou restos de materiais de construção nos poços de visita podem ter problemas com a Justiça, uma vez que danificar ou destruir patrimônio público é qualificado como crime. A Sanepar pede aos clientes que denunciem os atos de vandalismo pelo telefone 115 ou diretamente à Polícia.

A água da chuva e a gordura também podem danificar a rede e provocar extravasamento e refluxo do esgoto. “Nos dois casos podem ocorrer entupimento da rede e aumento do volume do efluente (esgoto tratado) na rede. Por isso, a Sanepar orienta que seja instalada a caixa de gordura para dar o destino correto a esse material e que os encanamentos que coletam a água da chuva sejam direcionados para as galerias de água pluvial”, alerta o gerente.

O lixo lançado indevidamente no esgoto está entre as principais causas de extravasamentos da rede nas ruas da cidade e corresponde a 60% das causas de obstrução. O acúmulo de gordura (óleos e graxas) representa 20% do volume. Quando chega à estação, o lixo precisa ser removido do esgoto antes do processo de tratamento.

O QUE NÃO DEVE SER JOGADO NA REDE DE ESGOTO – Para que o sistema de esgotamento sanitário de uma cidade funcione adequadamente não podem ser jogados nas redes materiais como frascos, garrafas, embalagens, plásticos, caneta, lápis, borracha, fralda, absorvente, cotonete, cabelo, camisinha, escova de dente, resto de materiais de construção, areia, cimento, pedra, madeira, plástico, lata, cigarro, óleo, gordura, estopa, roupas e água da chuva.

 

Galeria

  • Pedras, pedaços de madeira e lenha impediram a passagem do esgoto
  • Pedras e outros rejeitos causaram o extravasamento do esgoto em um dos poços de visita, ponto de manutenção da rede