Destinação adequada do resíduo evita que seja lançado indevidamente na rede de esgoto

Mães, alunos e funcionários do Centro Pontagrossense de Reabilitação Auditiva e da Fala Geny de Jesus Souza Ribas (CEPRAF) participaram de uma oficina para a produção de sabão ecológico. A atividade foi organizada nesta semana pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). A empresa busca incentivar a destinação adequada do óleo de cozinha usado.

“O objetivo da Sanepar é evitar que o óleo seja lançado indevidamente no meio ambiente e na rede coletora de esgoto. Ele pode causar obstruções, refluxos e prejudicar o processo de tratamento”, explica a gestora socioambiental da Sanepar Luciana Garcia.

A oficina de produção de sabão ecológico faz parte do programa “Se Ligue nessa ideia: Sem óleo na Rede”, que vem sendo desenvolvido pela Companhia desde o ano passado. Através da arrecadação de óleo de cozinha usado em postos de coleta, nas Centrais de Relacionamento com o Cliente, o material é destinado para a reciclagem. Em Ponta Grossa, o óleo coletado é doado para a Casa da Acolhida, que desenvolve a produção de sabão ecológico utilizando-o como matéria-prima.

Na avaliação da assistente social do CEPRAF, Anagiza Heinrichs, o projeto é muito interessante, pois desperta a consciência sobre a necessidade de cuidar melhor do meio ambiente. “A oficina foi bastante produtiva. Além de nos ensinar a confeccionar o sabão, vai ser útil para utilizarmos na própria escola. O sabão feito a partir do óleo usado poderá até mesmo servir como fonte de renda para algumas mães e alunos”, lembra.

Durante a oficina, os participantes aprenderam a confeccionar sabão líquido e em barra. Com a adição de ingredientes simples e acessíveis, como água, álcool e aromatizante, o óleo de cozinha se transforma em um eficiente produto de limpeza. “Eu já conhecia esse sabão, mas não sabia que era tão fácil de fazer. Ele limpa muito bem e ajuda a natureza. Vou fazer em casa”, afirma Miriam Barbosa, avó de aluno do CEPRAF.

SEM ÓLEO NA REDE - Ana Kelly Ferreira da Silva, mãe de aluno do CEPRAF, conta que já chegou a ter problemas de entupimento em sua casa por jogar óleo usado na pia da cozinha. “Entupiu toda a tubulação da minha casa, foi o maior transtorno. Até isso acontecer, eu não sabia que não se pode jogar o óleo pelo ralo”. Ela diz que, depois do problema, começou a descartar o óleo no quintal. “Isso também não é recomendável”, avisa a gestora da Sanepar. Esse tipo de despejo pode contaminar o solo e chegar ao lençol freático, prejudicando o meio ambiente”, alerta.

Luciana Garcia reforça que “o melhor destino para o óleo de cozinha usado é a reciclagem. Assim é possível ajudar o meio ambiente, prevenir transtornos com o esgoto e contribuir com projetos sociais”, conclui.