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Dentro do imóvel, técnicos jogam corante nas saídas do esgoto

Sanepar começa vistoria em 9,5 mil imóveis

12/11/2013

Empresa vai investir mais de R$ 448 mil para evitar danos ambientais e sobrecarga no sistema de esgoto

A partir desta terça-feira (12), 9,5 mil imóveis, da bacia do Rio Cascavel e da sub-bacia do Córrego Bezerra, serão vistoriadas pelas equipes da Sanepar. A vistoria é para verificar se as instalações hidrossanitárias foram executadas adequadamente e se a canalização da água da chuva está direcionada para a galeria de águas pluviais. Os trabalhos iniciam no Bairro Caravelle e na Vila Militar, de Cascavel. As vistorias técnicas têm por objetivo melhorar a eficiência do sistema de esgoto sanitário da cidade.

Ainda existem imóveis onde os moradores não fizeram as ligações de esgoto e da água da chuva corretamente. O esgoto deve ser encaminhado para a rede da Sanepar, normalmente em cerâmica ou tubo de PVC. Já a água da chuva deve ser canalizada para a galeria de concreto, de responsabilidade da Prefeitura. É nesta rede que estão as bocas de lobo, equipamento com grade, instaladas entre a rua e o meio-fio para receber a água da chuva. O esgoto nunca deve ser direcionado para a galeria de água da chuva, assim como a água da chuva nunca deve ser encaminhada para a rede de esgoto. Quando os moradores fazem ligações irregulares geram aumento do volume dos dejetos dentro da rede o que provoca extravasamentos e até refluxo do esgoto para dentro dos imóveis.

PREJUÍZO PARA TODOS - As ligações de esgoto incorretas causam danos para toda a comunidade, pois o refluxo do esgoto pode ocorrer para dentro de qualquer imóvel, mesmo naqueles em que a ligação está correta. O extravasamento do esgoto também pode contaminar ruas, rios e outras áreas públicas. “Uma ligação de esgoto errada pode trazer inúmeros prejuízos”, diz a gerente regional da Sanepar, Rita Ivone Camana.

A vistoria em cada uma das 9,5 mil ligações de esgoto será feita ao longo de um ano. O trabalho dos técnicos tem por finalidade evitar que ocorram danos ambientais com o despejo do esgoto nas galerias de água pluviais e para que não haja sobrecarga no sistema de esgoto em razão da água da chuva canalizada de forma incorreta. As redes coletoras, as estações elevatórias e as estações de tratamento do esgoto estão dimensionadas para receber apenas o esgoto doméstico.

Para realizar este trabalho, a Sanepar está investindo R$ 448.526,40. Três equipes da empresa Tec Press, contratada para os serviços, vão fazer as visitas de casa em casa, utilizando coletes e crachás de identificação. Na vistoria serão utilizados corantes nas pias, ralos, vasos sanitários e nas calhas para facilitar a identificação de possíveis irregularidades. Os imóveis que estiverem em desacordo serão notificados e terão prazo de 30 dias para a regularização. Passado esse período nova visita será feita. Se o problema persistir a informação será repassada à Vigilância Sanitária que irá autuar e dar mais 30 dias. Passados esses procedimentos e ainda permanecendo a irregularidade as notificações serão enviadas para as providências da Promotoria Pública.

Os agentes da Sanepar, que fazem a leitura e a emissão das contas, estão entregando nas casas um folheto com todas as informações e orientações do trabalho. Caso o cliente tenha alguma dúvida deverá entrar em contato com a Sanepar pelo telefone 115 ou diretamente no escritório da Empresa, na Rua São Paulo, 1060, próximo da Praça Wilson Jofre.

Na segunda etapa as visitas estão programadas para o Núcleo Industrial do Bairro Guarujá e nos bairros Santa Cruz e Paulo Godoy.

Galeria

  • Dentro do imóvel, técnicos jogam corante nas saídas do esgoto
  • Dentro do imóvel, técnicos jogam corante nas saídas do esgoto
  • Dentro do imóvel, técnicos jogam corante nas saídas do esgoto
  • Do lado de fora é verificado se o esgoto está tendo a destinação correta
  • Do lado de fora é verificado se o esgoto está tendo a destinação correta