Água da Sanepar é potável e não oferece riscos para a saúde, confirmam

O secretário municipal de Saúde de Londrina, Felippe Machado, reafirmou nesta terça-feira (20), que “não houve qualquer alteração em relação ao atendimento” nas unidades de saúde de casos de doenças gastrointestinais. Em visita técnica à Estação de Tratamento de Água (ETA) Tibagi, junto com o secretário de Planejamento, Marcelo Canhada, Machado provou a água que vai para as torneiras de cerca de 60% dos imóveis de Londrina e 90% de Cambé, sem restrições.
Segundo Machado, a visita foi positiva e muito importante. “A equipe técnica da Sanepar explicou toda a segurança do processo desde o início da captação até a disponibilização às residências”, disse.
O gerente Geral da Sanepar na Região Nordeste, Antônio Gil Gameiro, falou sobre o cumprimento rigoroso dos parâmetros da Portaria 888/21 do Ministério da Saúde, que garantem a potabilidade da água distribuída para a população. Ele alertou sobre as fakenews que estão circulando em grupos de whatasapp e redes sociais. “A água está dentro do padrão de potabilidade, perfeitamente pronta para consumo. Não há risco à saúde das pessoas.”
A partir do dia 9, quando os operadores da ETA identificaram alteração de cheiro e gosto na água ETA, a Sanepar tomou todas as providências necessárias para minimizar os impactos, o que inclui a instalação de novos equipamentos e adição de produtos químicos para o tratamento da água captada no Tibagi.
Apenas no dia 12 os clientes começaram a perceber a alteração e, até esta terça-feira (19), havia um acumulado de 370 registros, num universo de mais de 200 mil ligações em toda a cidade. “Entendemos que a população tem percebido esta alteração de gosto e cheiro porque cada um tem uma sensibilidade. Alguns vão sentir cheiro de terra, de mofo e até de veneno, aquilo que na sua memória está registrado. Mas, a população não tem que ter medo de tomar água da torneia”, ressaltou.
Canhada falou sobre os diferentes órgãos de governo que estão sendo envolvidos para avaliar a situação, incluindo o Ministério Público e o Instituto Água e Terra (IAT) para avaliar o que vem acontecendo com a água do Rio Tibagi.
Após cheirar a água “in natura” e cheirar e beber a água tratada, dentro do laboratório da ETA, Canhada acompanhou as coletas feitas pela Vigilância Sanitária. “Precisamos aguardar que esses laudos estejam prontos para que possamos afirmar algo com mais propriedade, mas reforçamos que a água da Sanepar é de ótima qualidade e a empresa merece nosso voto de confiança”, destacou ele que também é o coordenador do Comitê Municipal de Acompanhamento da Prestação dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento (CMAES) e estava acompanhado pelo servidor municipal e gestor do contrato com a Sanepar, Gustavo Maier.
CONTRA AS FAKENEWS – A promotora de Defesa da Saúde Pública, Susana Lacerda, também participou da visita técnica à ETA Tibagi. Ela demonstrou preocupação em relação às falsas notícias circulando em mídias sociais e pediu para que a Sanepar busque esclarecer mais amplamente a população sobre os fatos. “O Ministério Público entende que a comunicação da empresa ainda não é suficiente. Isso precisa ser melhorado para assegurar que muitas pessoas que não têm condições de adquirir água mineral para uso próprio fiquem tranquilas, pois não estariam correndo riscos e poderiam retomar a utilização dessa água sem preocupações”.
CANAIS OFICIAIS – A Sanepar alerta que os clientes devem sempre buscar informações nos canais oficiais da empresa, como o site: www.sanepar.com.br, o telefone 0800 200 0115 e o whatsapp 41 99544-0115. Esses serviços funcionam 24 horas por dia. O registro de reclamações também pode ser feito pelo aplicativo para celular Sanepar Mobile.

Imagens: Emerson Dias / NCom