A atividade faz parte do projeto “Sustentabilidade: da Escola ao Rio”

Alunos do Colégio Pioneiros de Foz do Iguaçu começaram, nesta quarta-feira (25), o monitoramento do Rio Sanga Romão, que passa próximo ao Colégio e é um dos afluentes do Rio Boicy, um dos mais importantes do município. Até final da década de 70, o Rio Boicy foi manancial de abastecimento público da cidade. A atividade faz parte do projeto “Sustentabilidade: da Escola ao Rio”, realizado pela Sanepar em parceria com a Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre) e Secretaria Estadual de Educação (SEED).

O trabalho está sendo realizado em 21 cidades do Paraná e envolve 23 escolas estaduais, com objetivo de disseminar o conceito de sustentabilidade e estimular discussões sobre a qualidade e conservação dos recursos hídricos. Para o gerente regional da Sanepar em Foz do Iguaçu, Rodrigo Becker, o mais importante é a disseminação das ações para desenvolver uma consciência ambiental. “A Sanepar sempre é parceira para promover estas ações”, disse.

Os estudantes, acompanhados por técnicos da Sanepar e pelos professores, farão o monitoramento do Rio Sanga Romão por meio da coleta de amostras de água e de resíduos sólidos encontrados nas margens. Segundo a diretora do Colégio Pioneiros, Tereza Bezerra Shimizu, muitos alunos moram na região e são os mais atingidos pela qualidade do Rio. “Este Rio pede socorro e nós precisamos socorrê-lo. O trabalho de conscientização dos alunos e da comunidade é que vai contribuir para preservar a água para o futuro”, afirmou. O Colégio fica no Jardim Itália.

Para a representante da Associação de Moradores do Jardim Itália, Rosani Pastorini, as ações do Projeto irão contribuir para dar nova vida ao rio. “Antigamente, as pessoas usavam este rio para pescar e hoje é cheio de lixo. Agora, com este trabalho de conscientização, com o envolvimento dos estudantes e da comunidade será possível novamente ter um rio preservado”, disse ela.

INÍCIO - A primeira atividade em Foz foi uma caminhada dos alunos do 1.º e 2.º ano do Ensino Médio às margens do Rio para coletar resíduos sólidos. Foram retiradas  garrafas pet, para-choque, cadeiras, plásticos, latas e monitor de computador. O lixo encontrado foi catalogado. Ainda será feito um mutirão de limpeza do rio, com a participação da comunidade. O trabalho de monitoramento acontecerá até o final do mês de novembro. Serão realizadas três coletas e análises da qualidade do Rio Sanga Romão.

Uma das participantes da caminhada foi a estudante Malu Alvarez, que mora perto do Rio. Ela disse que considera a atividade importante por ser iniciativa para motivar as pessoas sobre o cuidado com o Sanga Romão. “Se ninguém tomar a iniciativa de pensar no rio, ninguém virá aqui para retirar o lixo que existe. O rio fica contaminado e provoca doenças graves. Queremos uma vizinhança mais bonita, um lugar seguro para nós e para as gerações futuras”, completou.

Outra aluna que participou da caminhada foi Gabrielly Morales, que lembrou que estas atividades irão contribuir para preservar a água. “Até agora nós temos água limpa para beber. Mas, e as gerações futuras, como vão ficar? Temos que cuidar hoje para poder ter água limpa para as gerações que vamos criar”, disse.

O início do projeto em Foz do Iguaçu contou com a presença de representantes da Associação de Moradores do bairro, do Núcleo Regional de Educação, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sanepar e da comunidade.