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Representantes da Sanepar e de várias entidades e órgãos públicos compõem o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jordão

Comitê da Bacia do Rio Jordão é reativado em Guarapuava

06/04/2017

Poder público, Sanepar, empresas e usuários voltaram a se reunir para definir diretrizes de uso e ocupação da Bacia Hidrográfica do Jordão

Representantes do poder público, de usuários, da sociedade civil e da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) reuniram-se, no fim de março, para reativar o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jordão (BHJ). Instalado em agosto de 2002, o comitê deve voltar à rotina de atividades, reuniões e deliberações. Os integrantes representam empresas usuárias do recurso hídrico, de prefeituras dos municípios da área da bacia, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), do Instituto Águas Paraná e da sociedade civil, como associações, conselhos profissionais e instituições de ensino superior.

“Estamos retomando as atividades. Queremos nomear novos membros, incluindo instituições que precisam fazer parte da discussão sobre a existência e o uso dos recursos hídricos da nossa região e queremos eleger um Grupo Gestor, para ajudar a dar suporte à elaboração do Plano da BHJ”, disse o representante da indústria Santa Maria Papel e Celulose, Oscar Bicca Nespaque, até então presidente do Comitê. Fazem parte dos usuários da bacia a Santa Maria e outras entidades, como Cooperativa Agrária Agroindustrial, Copel, Pinho Past, Elejor Centrais Elétricas do Rio Jordão, Sanepar, Sociedade Rural de Guarapuava e Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava.

Nespaque destacou que toda atividade econômica afeta as bacias hidrográficas. “A disponibilidade e a situação dos recursos hídricos da bacia afetam diretamente as atividades econômicas dos municípios. Por isso, toda exploração e utilização do potencial hídrico da bacia devem passar pelo comitê”, ressaltou.

“A sociedade também precisa ter a clara visão da importância do comitê para a gestão hídrica, pois o crescimento depende do uso da água, e o uso da água precisa estar garantido com a proteção desse recurso”, enfatizou o presidente do Águas Paraná, João Lech Samek. Para ele, os comitês de bacia têm papel fundamental. “Sem um comitê atuante e um plano de gerenciamento dos recursos da bacia, vai ser muito difícil gerir e acompanhar a situação desses recursos hídricos e é mais difícil ainda conseguir verbas para ações e projetos que poderiam ser desenvolvidos para o bem da bacia hidrográfica”, destacou Samek.

Os membros do Comitê da Bacia do Jordão devem se reunir em breve para montar o Grupo Gestor e elaborar o Plano de Bacia do Rio Jordão. “Essas medidas são, inclusive, pré-requisitos para projetos e a busca de verbas que permitam implementar ações em prol dos recursos hídricos até 2030”, disse Samek, explicando que uma das funções do Águas Paraná é dar suporte e orientação aos conselhos, câmaras técnicas e comitês de bacias.

A Bacia Hidrográfica do Rio Jordão tem mais de 4 mil km² de área, sendo que 81% da bacia estão em região urbana. A BHJ envolve parcialmente os municípios de Guarapuava, Inácio Martins, Candói, Pinhão, Campina do Simão, Reserva do Iguaçu e Foz do Jordão. No site do Instituto Águas Paraná está disponível para consulta o diagnóstico, elaborado em 2008, para o Plano de Bacia do Rio Jordão.

Galeria

  • Representantes da Sanepar e de várias entidades e órgãos públicos compõem o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jordão
  • João Lech Samek, presidente do Águas Paraná: “É preciso ter um comitê de bacia atuante”
  • Jairo Macedo, da Emater, diz que é preciso envolver mais instituições no Comitê da BHJ
  • Integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jordão