A impossibilidade de implantar novos loteamentos e conjuntos habitacionais próximos à área foi um dos fatores predominantes para escolha do local

Os membros dos conselhos de Usuários dos Serviços de Água e Esgoto (Comusae) e de Meio Ambiente de Toledo conheceram, nesta terça-feira (8), a área onde deverá ser construída a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Sul em Toledo. Uma das maiores preocupações dos conselheiros e da população é com a localização da nova estação e a emissão de odores. Segundo o gerente da Sanepar Fábio Leal Oliveira, o local apresentado está de acordo com as expectativas dos conselhos e da população.

A área escolhida, que fica próxima à Pedreira Municipal e aos rios São Francisco e Toledo, é um local de baixa densidade populacional e onde não é possível a implantação de loteamentos e conjuntos habitacionais. Fábio explicou que o sistema de tratamento que deverá ser adotado para a ETE Sul é bastante moderno e com mínima produção de gases que geram odor. Segundo ele, a Sanepar está viabilizando a aquisição da área e buscando financiamento para a construção da unidade. “Estamos buscando parcerias, inclusive com instituições estrangeiras, para construir esta nova unidade que atenderá mais de 100 mil pessoas”.

O presidente do Conselho de Meio Ambiente, Robert Gordon Hickson, confirmou que a área tem vários fatores favoráveis que impedem a expansão habitacional. “São estes fatores que estão sendo avaliados para que a população seja realmente beneficiada”. O presidente do Comusae, Flavio Scherer, também acompanhou a visita. Segundo ele, o objetivo é a implantação de um sistema com o menor impacto ambiental possível. A primeira proposta de implantação da ETE Sul foi rejeitada pelos integrantes dos conselhos. Mas agora, os representantes demonstraram-se satisfeitos com a escolha do local.

Durante a visita, os membros dos conselhos também solicitaram a realização de alguns procedimentos, como reuniões com os moradores circunvizinhos e a implantação de um cinturão verde para inibir possíveis odores decorrentes do tratamento do efluente. A necessidade de alterar o traçado da estrada existente também foi tratada pelos conselheiros.

ETE NORTE – No mesmo dia, os conselheiros também fizeram uma visita técnica ao canteiro de obras da ETE Norte. As obras civis da estação estão prontas e nesta fase estão sendo realizados testes operacionais. Quando entrar em operação, a estação vai permitir que sejam desativadas duas estações antigas e que estão localizadas na região central do município - responsáveis por tratar aproximadamente de 216 mil litros de esgoto por hora.

O sistema de tratamento da ETE Norte é um dos mais modernos do Paraná e terá capacidade de tratar 80 litros de efluente por segundo. Mais de 40 mil moradores da cidade serão atendidos pela nova estrutura.