Sanepar está investindo R$ 36,6 milhões para melhorar eficiência. Ampliação será na próxima etapa

A Sanepar está executando obras de melhorias na Estação de Tratamento de Esgoto Belém, uma das maiores estações do Paraná. Os serviços desta etapa vão criar as condições para que a ETE Belém opere com mais eficiência dentro da capacidade atual de tratar 840 litros de esgoto por segundo. As intervenções estão exigindo recursos que superam os R$ 36,6 milhões. Ainda neste ano, a Sanepar pretende licitar a segunda etapa, que é a ampliação desta ETE. A capacidade de tratamento deverá saltar para 2.520 l/s.

Entre as obras desta fase, está em construção a nova entrada do esgoto com tubulações de 2 metros de diâmetro em concreto e canal também em concreto armado, totalizando 90 metros; caixas extravasoras em concreto armado, com mais de seis metros de altura; estruturas, também em concreto armado, para o sistema de gradeamento com mais de sete metros de altura; nova estação elevatória de esgoto bruto; decantador secundário com capacidade para até 1.680 l/s; linha de recalque com 1,2 m de diâmetro em ferro dúctil; reforma da estação elevatória existente e substituição de duas bombas parafuso com 2,3 m de diâmetro e uma com três metros de diâmetro.

Está prevista, ainda, a instalação de três conjuntos motobombas, que vão garantir a operação de 1.800l/s; equipamentos para a elevatória de água para lavagem das grades; serviços de melhorias nos tanques de aeração; construção da elevatória de recirculação de lodo e recalque até os tanques de aeração; construção de 256 m de canal de efluente final; alargamento do dique de contenção e da pista de rolamento existentes para descarga dos caminhões limpa-fossa, construção de casa para coleta de amostras dos caminhões limpa-fossa.

De acordo com o diretor de Investimentos da Sanepar, João Martinho Cleto Reis Júnior, este conjunto de obras e a substituição de equipamentos “além de garantir maior eficiência operacional, prepara a ETE Belém para a grande ampliação que será feita na seqüência”. A ampliação é necessária para atender o aumento da demanda do esgoto coletado.

A expectativa do engenheiro responsável pelo empreendimento, Renato Marini, é concluir todas as obras desta etapa no primeiro semestre do ano que vem.

HISTÓRICO - A ETE Belém foi projetada no final dos anos 70. O tratamento é por lodos ativados com aeração prolongada, também conhecido como processo carroussel. Está em operação desde 1980. O projeto original previa o atendimento de 1,4 milhão de habitantes e o tratamento de 2.500 litros de esgoto por segundo, com três módulos compostos por dois tanques de aeração e dois decantadores secundários. Ao longo dos anos, em vez de expandir a ETE Belém, a Sanepar optou por construir ETEs em outras áreas da Região Metropolitana de Curitiba.

Com apenas um módulo, atualmente a ETE Belém tem capacidade para tratar 840 l/s, atendendo aproximadamente 600 mil habitantes. Esta é a primeira reforma ampla que se faz nesta unidade.