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Os agentes socioambientais vão verificar se a interligação dos imóveis à rede coletora foi executada de forma correta

Mais de 300 imóveis de Reserva estão sendo vistoriados

11/10/2013

Agentes socioambientais irão verificar se imóveis de quatro bairros da cidade estão ligados corretamente à rede de esgotoNa próxima segunda-feira (14), a Sanepar dará início às vistorias técnicas ambientais em 336 imóveis na cidade de Reserva, na região dos Campos Gerais. O objetivo é verificar se cada imóvel está ligado corretamente à rede de esgoto. O trabalho será realizado nos bairros Santa Helena, Vila Mércer, Jardim Social e Centro, que foram beneficiados neste ano com obras de ampliação da rede coletora.

O gerente regional da Sanepar, Juarez Wollz, lembra que o trabalho de vistorias está baseado na legislação, que obriga a ligação de todos os prédios residenciais, comerciais e industriais localizados em áreas que têm sistema de coleta de esgoto. “Quando um investimento em saneamento é feito, é muito importante contar com a população para que ele tenha a sua finalidade cumprida”, ressalta.

Os agentes socioambientais vão verificar se a interligação dos imóveis à rede coletora de esgoto da Sanepar foi executada de forma correta, evitando situações como a canalização da água das chuvas na rede de esgoto, verificando a existência de caixa de gordura e a ligação das águas da cozinha, banheiro e lavanderia. Durante a vistoria, será aplicado corante nos vasos sanitários, pias, tanques, ralos e saída de máquinas de lavar roupa e louça. Com isso, os agentes verificam se o esgoto com o corante chega corretamente no dispositivo da rede em frente de cada imóvel e nos poços de visita na rua. Os agentes atuarão sempre identificados com camiseta da Sanepar, crachá da empresa e o veículo usado também terá a identificação da Sanepar.

Conhecida no bairro Santa Helena, a agente municipal de saúde Irenilda Pinto ressalta os benefícios que o sistema de esgotamento sanitário proporciona aos moradores. “É muito importante para a saúde, pois é uma forma de diminuir a ocorrência de algumas doenças que podem ser transmitidas pelo contato com o esgoto não tratado”, observa. A professora Ananeri Lacerda Ribeiro concorda. “Os transtornos gerados pelas obras foram recompensadores pelo bem que o acesso ao sistema de esgoto proporciona. Ganhamos em higiene, saúde e qualidade de vida”, avalia.

A gestora em educação socioambiental da Sanepar, Crislaine Mendes, destaca que o trabalho com a população de Reserva iniciou no ano passado, com a sensibilização da comunidade para a importância do sistema de esgoto. “Neste ano, realizamos também um curso para a capacitação de encanadores e fizemos as abordagens domiciliares de orientação sobre como as instalações hidrossanitárias deveriam ser feitas, dentro das normas técnicas, para garantir a eficiência do sistema”, explica. Segundo ela, após as vistorias, o usuário que tiver alguma irregularidade nas instalações receberá uma notificação e prazo de 30 dias para adequá-las.

CONSEQUÊNCIAS DO MAU USO – O mau uso da rede coletora de esgoto pode gerar problemas aos próprios usuários. Extravasamentos em pontos mais baixos da rede e retorno do esgoto para dentro dos imóveis são, normalmente, causados por materiais que não deveriam ir para a tubulação, como água de chuva, panos, plásticos, óleo de cozinha e entulhos, que impedem o bom funcionamento do sistema.

O aposentado Vacílio Romaniuk, que mora no Centro de Reserva, aguarda a vistoria dos agentes socioambientais para mostrar que já providenciou todas as adequações em sua casa. Porém, como seu imóvel está na parte mais baixa da rua, nas últimas chuvas foi vítima de um refluxo de esgoto. “Fiquei surpreso e chamei a Sanepar”, conta. Para evitar o problema, uma válvula de retenção foi instalada no imóvel.

Segundo Crislaine, para evitar situações como esta é preciso que toda a população colabore fazendo as interligações corretamente, para o bem de toda a comunidade. A água de chuva deve ser conectada com a galeria de águas pluviais e os objetos destinados para reciclagem ou para o aterro sanitário. “Com a rede disponível, não interligar ou interligar de forma inadequada pode causar transtornos não necessariamente no próprio imóvel, mas para um vizinho ou na via pública, o que se torna um problema para todos”, explica.

Galeria

  • Os agentes socioambientais vão verificar se a interligação dos imóveis à rede coletora foi executada de forma correta
  • O aposentado Vacílio Romaniuk, que mora no Centro de Reserva, já interligou o esgoto de sua casa
  • O aposentado aguarda a visita dos agentes socioambientais para mostrar que já efetuou as adequações necessárias
  • A agente municipal de saúde, Irenilda Pinto, ressalta os benefícios que o esgoto tratado proporciona