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Tubulação do Tibagi começa a ser assentada

Obra de R$ 71 mi vai dobrar produção de água em Londrina

02/05/2013

Obras incluem execução de 22 km de tubulação e ampliação da Estação de Tratamento Tibagi

O Governo do Estado, através da Sanepar, começou a implantação das adutoras de água bruta, a partir da unidade de captação do Rio Tibagi, obra que vai duplicar a produção de água em Londrina. Com investimentos de R$ 71,5 milhões, esta é a maior obra em andamento da Sanepar no Paraná.

São 22 quilômetros de tubulação, que sai do Rio Tibagi, passa por estações elevatórias, pela Estação de Tratamento de Água até ser interligada à rede existente, na Avenida Higienópolis. Em alguns trechos, a rede estará a 3,5 metros de profundidade.

Na atual fase da obra, a Sanepar está investindo cerca de R$ 55 milhões - R$ 22 milhões somente em tubulação e outros R$ 33 milhões com o assentamento dos tubos, a construção de duas estações elevatórias de água bruta, uma estação elevatória de água tratada e um reservatório de água bruta com capacidade para 2,5 milhões de litros. No trecho entre a captação e a estação de tratamento, será preciso fazer a detonação de 10 mil m³ de rocha. 

12 mil empregos – Na ampliação da Estação de Tratamento de Água Tibagi, os investimentos são em torno de R$ 16,5 milhões. A ampliação teve início em outubro de 2011, com a construção dos tanques de floculação, decantação e filtragem, já finalizados. No segundo semestre, deverão estar concluídas as obras hidráulicas, elétricas e de automação. Também está sendo executado o novo sistema de cloração na captação. Em todas as fases da obra, do início até a conclusão, serão gerados mais de 12 mil empregos diretos e indiretos.

A previsão é que a obra do Sistema Tibagi seja concluída no segundo semestre de 2014, ampliando a capacidade de produção de 1.200 litros por segundo para 2.400 litros por segundo, suficiente para o abastecimento das populações de Londrina e Cambé até o ano de 2030. O Sistema Tibagi abastece hoje 55% das duas cidades. A Sanepar conta ainda com os Sistemas Cafezal e Guarani, além de outros poços do aquífero Serra Geral.

“Esta é uma grande obra para a cidade de Londrina, que atende ao crescimento da demanda por água tratada. É uma obra complexa, que terá até detonação de rocha na área rural. Na parte urbana, a maior dificuldade é que vamos encontrar muitas interferências como galerias de água pluvial, rede de esgoto, rede de fibra óptica. É uma cidade bem maior do que quando o sistema Tibagi foi construído, 22 anos atrás”, afirma o gerente de Projetos e Obras da Sanepar na região, Luiz Nacayama.

Fiscalização - Um dos fiscais da Obra de duplicação do Sistema Tibagi, José Aquino de Almeida, de 58 anos, também trabalhou na fiscalização da construção do Sistema Tibagi, de maio de 1987 a novembro de 1991. Há 39 anos na Sanepar, Aquino afirma que o Sistema Tibagi é a maior obra que já fiscalizou.

“Quando participei da implantação do sistema, nunca imaginei que estaria aqui na sua ampliação”, afirma. Ele lembra que naquela época as obras eram mais difíceis de ser executadas. “Não tinha tanta tecnologia e equipamentos. Era mais mão de obra. Hoje, o maquinário é mais moderno e a dificuldade é justamente conseguir mão de obra. Mas eu me lembro bem do trecho das adutoras e vou passando o que já sei para os mais novos”, diz.

Desvio da pista do aeroporto – Para a ampliação da pista do Aeroporto de Londrina, a Sanepar vai começar, no segundo semestre, a obra de desvio da atual adutora do Sistema Tibagi. Será removido um trecho de 3,4 quilômetros, numa obra deR$ 2,5 milhões. Além disso, estão previstos outros desvios da tubulação já existente visando a otimização do sistema.

 

Galeria

  • Tubulação do Tibagi começa a ser assentada
  • José Aquino fiscalizou a implantação do sistema e agora a sua ampliação
  • Novo módulo de tratamento da Estação Tibagi
  • São 22 quilômetros de adutoras da captação até o centro de Londrina