A capacitação dos professores e a formação de multiplicadores são algumas das metas iniciais do programa

A proposta de educação ambiental na Bacia do Rio Iguaçu foi lançada nesta semana, em Cascavel, pela Câmara Temática de Educação Ambiental, do Grupo Gestor de Revitalização do Rio Iguaçu (GGRI), aos representantes dos 65 municípios, professores, alunos e instituições que atuam e que estão inseridos na Bacia do Baixo Iguaçu. O lançamento das atividades que devem atingir mais de 22 mil professores nas 2.610 escolas municipais, estaduais e particulares espalhadas por toda a bacia foi na quarta-feira (6). A previsão é envolver mais de 120 mil estudantes.

O programa, elaborado pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e Unilivre, em parceria com diversas instituições, tem por metas estimular a discussão sobre a realidade ambiental em toda a extensão da bacia, desenvolver ações de educação ambiental, promover reflexões sobre a relação do homem e a natureza, mobilizar a sociedade para que adote práticas de sustentabilidade ambiental.

O coordenador do GGRI, Mário Celso Cunha, mostrou a realidade do principal rio do Paraná, apontando os trechos mais comprometidos e os pontos mais vulneráveis do Rio Iguaçu. Mário Celso relatou o trabalho do grupo desde a sua criação, em junho do ano passado. Segundo o coordenador, com uma área de bacia de cerca de 70 mil m², é imprescindível a mobilização das comunidades. “Somos todos responsáveis pela preservação do Iguaçu e teremos sucesso se somarmos esforços dos gestores municipais, de professores e alunos das escolas, da sociedade civil e de toda a comunidade. Precisamos juntos buscar soluções”, afirmou Mário.

O programa consiste, inicialmente, na capacitação dos professores e na formação dos multiplicadores. O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Glauco Requião, disse que o sucesso do programa depende da sensibilização e da mobilização de todos os envolvidos nos 109 municípios que integram a bacia do Rio Iguaçu. “A metodologia do trabalho tem tudo para dar certo. Os educadores levam a informação para as crianças e jovens e estes serão os agentes disseminadores nas suas comunidades”, ressaltou Glauco.

Na bacia do Baixo Iguaçu, o projeto de revitalização já teve novas parcerias como da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), da Coordenadoria Regional do Governo e do Núcleo Regional de Educação. O reitor Paulo Sérgio Wolff argumentou que a universidade vai cooperar com as ações que visam garantir o futuro do rio que é referência mundial.

Os 65 municípios vão receber as orientações sobre a adesão ao projeto, a exemplo do prefeito de Ampére, Hélio Alves. Eles deverão assinar o termo de adesão e indicar seus representantes técnicos para a constituição dos coletivos de educação ambiental. Demais interessados em participar da revitalização do Rio Iguaçu podem procurar a coordenação regional do Baixo Iguaçu, que tem sua sede instalada junto à Unioeste, no prédio da biblioteca do Campus de Cascavel, na Rua Universitária, 1619 – Bairro Universitário.