Potencial do adubo orgânico chamou a atenção dos visitantes da 23ª Expotécnica

A Sanepar cadastrou 33 novos proprietários rurais interessados em receber lodo de esgoto para usar na agricultura, durante a 23ª Expotécnica. A exposição de tecnologias e maquinários agrícolas ocorreu em Sabáudia, nos dias 7 e 8 de julho. No evento, muitos agricultores e prestadores de serviços passaram pelo estande da Sanepar para saber mais a respeito do Programa do Uso Agrícola do Lodo de Esgoto.

O lodo de esgoto é rico em nutrientes, especialmente nitrogênio e fósforo, além de cálcio e magnésio provenientes da cal que é utilizada para higienização e estabilização do produto. Sua aplicação garante menor custo ao agricultor, já que é possível reduzir o uso de adubos químicos. O lodo também tem função ecológica importante, pois consegue aumentar a umidade do solo e o desenvolvimento de raízes, evitando a erosão do solo.

“Acreditamos neste Programa porque há um importante potencial energético neste resíduo do processo de tratamento de esgoto que antes iria para um aterro sanitário. O uso agrícola é o destino mais correto e ainda traz benefícios ao meio ambiente”, diz o gerente regional da Sanepar em Arapongas, Rodrigo Fernandes Junqueira.

Ele lembra que além do fornecimento do adubo orgânico, a Sanepar oferece recomendação agronômica e orientação técnica para utilização. “Exige-se do agricultor que ele siga as orientações técnicas e divulgue os resultados”, explica Junqueira.

Somente na região de Arapongas, em 2016, cerca de 30 toneladas foram destinadas à agricultura. O responsável técnico da Sanepar na região, o engenheiro agrônomo Everson Nairne, explica que, após o cadastramento da propriedade, é realizada visita técnica para selecionar a área mais adequada para receber o insumo. “Há duas restrições básicas, em relação à proximidade com mananciais e ao tipo de cultivo”, destaca.

O lodo do esgoto não deve ser aplicado próximo de nascentes, minas ou rios e nem em cultivo direto, como de hortaliças, legumes e frutas, que são consumidos in natura. Esses são critérios que garantem a segurança do uso do produto e que estão previstos no Decreto Federal 4954 e na Resolução do Conama 375/06, além da Resolução 21 de 2009 da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná(Sema), ainda mais rigorosa que a legislação federal.