Método desenvolvido no Japão é mais eficiente e acelera o tempo de compostagem de materiais orgânicos

 

A Sanepar assinou na última quinta-feira (20) um acordo de cooperação técnica com a empresa Kyowa Kako, referência em processos de tratamento de resíduos orgânicos no Japão, para o tratamento do lodo de esgoto com uma tecnologia mais eficiente. O projeto-piloto terá duração de até 24 meses. A assinatura foi no Palácio Iguaçu com a participação do vice-governador Darci Piana.

A Sanepar e a empresa japonesa vão desenvolver uma pesquisa conjunta de tratamento de lodo de esgoto a partir de um método diferenciado de compostagem, que pode ser aplicado também no tratamento de resíduos urbanos. O projeto-piloto será na Estação de Tratamento de Esgoto Atuba Sul, em Curitiba

Este processo promove a decomposição biológica acelerada de resíduos orgânicos em condições controladas, utilizando microrganismos ativadores especialmente desenvolvidos para tal função, alcançando elevados patamares de temperatura e reduzindo significativamente o tempo de tratamento. A Kyowa Kako Co. Ltd. tem 65 anos de experiência em serviços ambientais no Japão, como tratamento de efluentes, chorume de aterros sanitários, além de tratamento de resíduos orgânicos e na agricultura. É a primeira vez que a empresa atua nesse tipo de atividade no Brasil.

De acordo com o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, trata-se de uma solução simples, mas que trará resultados significativos para o tratamento do lodo. “A Sanepar busca constantemente soluções tecnológicas sustentáveis e inovadoras para seus processos. Por isso, realizamos parcerias com empresas e instituições de pesquisa em toda parte do mundo, como o Japão.”

O gerente de Pesquisa e Inovação da Sanepar, Gustavo Possetti, explica que o método desenvolvido pelo parceiro japonês, que se chama compostagem aeróbica hipertermofílica, utiliza microorganismos específicos capazes de acelerar o processo de compostagem dos materiais orgânicos em tratamento. “Este método permite a redução do volume do lodo processado, gerando ao final um composto que pode ser utilizado para fins agrícolas, sem a necessidade de incorporação de novos materiais”, afirma.