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Anderson, com a filha e a esposa, conta que já tem caixa de gordura em sua casa

Sanepar reúne moradores e explica vantagens do sistema de esgoto

02/07/2015

Estação de tratamento de esgoto está em construção e na segunda-feira (6) começa a implantação da rede coletora

Moradores do Jardim Cristo Rei e do Conjunto Sebastião Moura Tresse, de Tamarana, participaram na noite desta quarta-feira (1) de reunião com técnicos da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) que passaram informações sobre a implantação do sistema de esgotamento sanitário na cidade. Com investimentos de R$ 5,7 milhões, a Sanepar está construindo uma estação de tratamento de esgoto e implantando rede coletora de esgoto.

Em abril, começou a construção da estação e, a partir de segunda-feira (6), começa a implantação da rede coletora, que vai atender 60% da população. No total, serão 25 km de tubulação, entre rede coletora e interceptores. Esses dois bairros serão os primeiros a ter a rede executada nas calçadas. No entanto, a ligação dos imóveis à rede coletora só será liberada após a conclusão da obra, prevista para março de 2016.

A gerente regional da Sanepar, Mara Kalinowski, ressaltou que os moradores serão comunicados pela Sanepar quando estiverem autorizados a fazer a ligação. “Pedimos um pouco de paciência também durante a obra porque quando a rede passa na frente da casa é normal haver sujeira e incômodo. Mas é um transtorno temporário que vai trazer grandes melhorias à qualidade de vida”, disse.

SE LIGUE NA REDE – A assistente social Angela Pagani, da área de educação ambiental da Sanepar, apresentou o programa Se Ligue na Rede, explicando que a ligação das casas à rede coletora deve ser feita de forma correta. Os pontos da casa a serem ligados são a cozinha, o banheiro e a área de serviço. Ela destacou que a água da chuva deve ser conectada á galeria pluvial.

Além do encanamento interno, os moradores devem providenciar a caixa de gordura para receber a água que sai da pia da cozinha e uma caixa de inspeção. Em situações em que a tubulação precisa fazer curva, é necessário implantar uma caixa de passagem para não danificar a tubulação. Angela orientou também quanto ao uso correto da rede, que não pode receber lixo, fio dental, absorvente, fralda, papel higiênico e outros resíduos que podem causar entupimento. “A rede de esgoto foi projetada para receber o esgoto. Se for usada corretamente, não causa extravasamento”, disse.

Assim que a tubulação interna estiver concluída e ligada à rede da Sanepar, os moradores devem providenciar o esgotamento da fossa e o aterramento. “Depois de esgotada a fossa, é bom jogar cal para a desinfecção, usar terra limpa ou areia para aterrar e ela deve ser então tampada. Não se deve passar a tubulação do esgoto sobre a fossa”, disse.

TARIFA – O agente comercial Rodrigo Imazu informou que, a partir da liberação do uso da rede, a Sanepar começará a fazer a cobrança do serviço do esgoto, que corresponde a 80% do consumo de água. Os moradores foram informados também que a Sanepar não faz nenhuma cobrança diretamente na casa – qualquer serviço vem diretamente na conta da Sanepar. Portanto, ninguém está autorizado a receber dinheiro dos moradores. O engenheiro responsável pela obra, Fernando Norio Yoshida, e o fiscal Hugo Martins Domingues também foram apresentados e esclareceram dúvidas dos moradores sobre a obra.

BENEFÍCIOS – O aposentado Severino de Souza Silva, que mora no Conjunto Sebastião Moura Tresse, disse que estava satisfeito com a implantação do novo serviço porque vai melhorar a condição da moradia e acabar com o uso da fossa. Ele gostou de ter participado da reunião que esclareceu pontos importantes.

O vereador Sérgio Yukio Nakata, morador do mesmo bairro, disse que a fossa traz insetos e mau cheiro. “A coleta e o tratamento do esgoto trazem benefícios à saúde. A Sanepar deve fazer mais reuniões para a população saber como vai funcionar o serviço, o benefício e os custos”, disse.

O vendedor Anderson Bruninho estava acompanhado da esposa, Claudete, e da filha, Fernanda, 8 anos. “A reunião foi muito boa, foi esclarecedora. A fossa dá mau cheiro, compromete o lençol freático e não é tão segura”, disse. Ele contou que ele mesmo construiu a caixa de gordura de sua residência e que vai continuar usando o equipamento agora com a rede coletora. “Faço a limpeza anual da caixa e retiro cerca de 15 kg de gordura. Com isso, evito que a gordura vá para a fossa, que já tem 14 anos e ainda tem espaço. Essa gordura também não pode ir para a rede de esgoto se não é claro que vai entupir”, disse.

Galeria

  • Anderson, com a filha e a esposa, conta que já tem caixa de gordura em sua casa
  • A gerente Mara Kalinowski com moradores em reunião em Tamarana
  • O aposentado Severino de Souza Silva que está satisfeito com serviço de esgoto