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Tarifa social para mais 195 famílias em Londrina

01/11/2012

Moradores estão sendo transferidos de área particular para casas no Jardim Novo Horizonte 2

As 195 famílias que moravam em condições precárias no assentamento Nossa Senhora Aparecida, na Zona Norte de Londrina, estão sendo transferidas para o Jardim Novo Horizonte 2. Equipes da Sanepar acompanham a mudança e cadastram os novos moradores na Tarifa Social. Na nova moradia, as famílias recebem água tratada e contam, também, com coleta e tratamento de esgoto. Pelos dois serviços vão pagar apenas R$ 7,50.

 Na segunda-feira (5), os empregados da Sanepar devem concluir o cadastramento e a negociação de débitos pendentes nas contas de água. Das 195 famílias, apenas 12 estão com as contas em dia; 128 estão em atraso; e 55 usavam a água de forma clandestina.

 À medida que as famílias se mudam para as novas casas, a Sanepar elimina os hidrômetros e as ligações clandestinas. “Agora, em condições de moradia mais adequadas, essas famílias estão regularizando a sua situação com a Sanepar. A parceria da empresa com a Cohab está proporcionando melhoria das condições habitacionais e também auxilia no combate às perdas de água”, afirma a gerente da Sanepar na Regional Londrina/Cambé, Mara Kalinowski.

 A assistente social da Cohab, Alexandra Ciotto Rodrigues da Silva, explica que a transferência das famílias do assentamento Nossa Senhora Aparecida conta com recursos do Fundo Nacional de Habitações de Interesse Social (FNHSI), do Governo Federal. O assentamento estava numa área particular. Agora, ao deixar a área, as famílias estão desmanchando os barracos em que moravam. Elas nada pagarão pelas moradias novas, que têm 30 m² de área útil.

Vida nova - A dona de casa Maria Gorete Pereira está muito contente com a mudança. Viúva, ela mora no assentamento há 11 anos com o filho. “Está todo mundo feliz aqui. Era difícil porque, quando chovia no Japão, já molhava  a minha casa”, diz, brincando.

Franciele Braz Pontes Antunes, de 24 anos, e mãe de seis filhos, também não vê a hora de ir para a casa nova. “Aqui a vida é muito precária. Acho que a gente só não morreu porque Deus não quis. Agora teremos mais dignidade”, disse.

Genissé Pereira de Menezes Alexandre, que está há seis anos no assentamento, afirma gostar muito do local onde mora. “Vou ficar com saudade do meu barraquinho. Mas na nova casa vai ser melhor porque não vou precisar sair, só quando morrer. E a casa também é melhor. Aqui quando chove forte ou venta, entro em pânico. E não dá pra dormir porque tem três grandes goteiras em cima da minha cama”.

A aposentada Maria Lúcia Gimenes já está na nova casa há três dias. “Lá tinha cupim comendo a casa. Mais um pouco e a casa ia cair. Quando chovia, tinha muita goteira. Quando ventava, descobria a casa. Agora estou contente”, diz. O vizinho dela, Valdir de Brito, de 66 anos, conta que morou oito anos no assentamento. Na primeira noite na casa nova nem conseguiu dormir. “Estranhei o lugar, mas não quero voltar pra casa antiga, não. Lá sempre foi complicado”.

 

 

 

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