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CS Bioenergia constrói unidade de biodigestão, em Curitiba. Empreendimento de geração de energia foi autorizado pelo Governo

Unidade de biodigestão vai usar lodo para produzir energia elétrica

12/11/2015

Empreendimento que deve gerar 2,4 MW foi autorizado pelo Governo do Estado

A CS Bioenergia S.A, sociedade de propósito específico (SPE), da qual a Sanepar participa junto com a Cattalini Bioenergia, é um dos 28 empreendimentos de geração de energia autorizados pelo Governo do Estado em solenidade realizada nesta quarta-feira (11). A empresa produzirá energia elétrica a partir do lodo de esgoto, numa unidade de biodigestão que está em construção, ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Belém, em Curitiba.

A ETE Belém é a maior estação de tratamento de esgoto da Sanepar. Ela produz 110 toneladas de lodo (530 mil metros cúbicos) por dia. Para maior eficiência energética, ao lodo também serão agregados outros resíduos sólidos orgânicos, de grandes geradores, como shoppings e supermercados. A meta é gerar 2,4 MW (megawatts) de energia elétrica em 2016, suficiente para atender a demanda de 28 mil casas populares.

Para a Sanepar, a principal vantagem em participar do projeto é garantir o atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a destinação adequada do lodo produzido. A criação da CS Bioenergia representou um marco para o setor de saneamento do país, pela união dos setores público e privado para transformar os resíduos em um novo produto, de alto valor econômico agregado e, ainda, apresentar uma solução sustentável para o resíduo gerado no processo de tratamento.

Ao anunciar o investimento, o governador Beto Richa afirmou que a construção dessas unidades geradoras de energia é especialmente importante em um momento em que o Estado recebe um fluxo forte de investimentos nacionais e internacionais. “Estamos trabalhando para defender e preservar o meio ambiente. Acreditamos que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental e inclusão social”, disse Richa. 

PARCERIA – A energia a ser gerada pelas novas unidades é suficiente para atender 735 mil pessoas. Os empreendimentos são privados, mas podem se ligar à rede de distribuição de energia da Copel, vendendo o excedente que não for aproveitado ou atuando no mercado paralelo. Dos 28 projetos, 20 contam com o apoio da agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Os projetos englobam Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), termoelétrica e biodigestor, todas com licença prévia já concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Juntos, esses empreendimentos representam um investimento estimado de R$ 920 milhões e devem gerar 183,4 MW. 

A iniciativa foi autorizada por lei proposta pelo Governo Estadual, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Beto Richa no último dia 28 de outubro.

RESPONSABILIDADE – O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ricardo Soavinski, afirmou que, com o licenciamento dessas geradoras, o Paraná dá a sua contribuição para minimizar a crise energética. “Mas é importante ressaltar que essas autorizações foram feitas com muito critério, com muita responsabilidade. O desafio é conciliar o desenvolvimento e a questão do meio ambiente e essas autorizações mostram que estamos conseguindo fazer isso” completou. A construção dos empreendimentos está sujeita ao cumprimento das normas ambientais do município, Estado e União.

 

Galeria

  • CS Bioenergia constrói unidade de biodigestão, em Curitiba. Empreendimento de geração de energia foi autorizado pelo Governo
  • Unidade de biodigestão está em construção, ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Belém (ao fundo), a maior da Sanepar
  • A meta é gerar 2,4 MW (megawatts) de energia elétrica em 2016